Feirense vitima de feminicídio em Salvador é sepultada e advogado continua preso

 

Foi sepultado na manhã desta segunda-feira (18), o corpo da jovem Kézia Stefany da Silva Ribeiro, de 21 anos, que morava em Feira de Santana, mas no final de semana se encontrava em Salvador e na madrugada de domingo (17), foi assassinada a tiros. O suspeito do crime, namorado da vítima, foi preso em flagrante e alega que disparo fora acidental.

Segundo informações da polícia, Kézia e o acusado do crime, o advogado criminalista José Luiz de Britto Meira Júnior, de acordo com informações apuradas pela Polícia Civil, mantinham um relacionamento de dois anos. No último sábado, o casal teria ido a um show do cantor Zé Vaqueiro e horas depois o crime aconteceu em um apartamento, no bairro Rio Vermelho. De acordo com a Polícia Militar, equipes da 12ª Companhia Independente (Rio Vermelho) foram acionadas depois dos tiros. Ao chegar no local, os PMs souberam que o suspeito teria colocado a vítima em um carro Ônix vermelho. Ele a levou para o Hospital Geral do Estado (HGE). O acusado fugiu em seguida.

"Na emergência, os policiais militares souberam que a vítima não resistiu aos ferimentos e realizaram buscas na região à procura do indivíduo, mas constataram que ele já não mais se encontrava no local", diz a nota da PM. Em seguida, policiais da 13ª Companhia Independente localizaram o suspeito escondido na casa de um parente, no bairro da Pituba. Ele foi preso e apresentado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.

Brigas e Traição

Um familiar de Kezia Stefany, que não quis ser identificado, afirmou para reportagem que, a relação dela com o advogado, Luiz Meira, foi marcada por brigas com agressões e que pouco tempo atras ainda neste ano ela já teria sido levada para um hospital por ele com um ferimento no pé após uma discussão.

“Quando ele ficava com raiva perdia totalmente o descontrole e os dois acabavam brigando. No dia que ela rasgou o pé e começou a sangrar, simplesmente ele mudou o comportamento e começou a chorar, nesse dia estava presente e  levamos ela para o Hospital Geral do Estado (HGE)”, disse o familiar.

O parente de Kezia continua – “Depois desse episódio se afastei e nunca mais retornei à casa do advogado por reprovar o comportamento dele e estar cansado das brigas do casal, causadas especialmente por ele mexer no celular dela. Fiquei com medo, ninguém entendia esse ciúme doentio e parei de ir. O que adianta ir para aquele lugar em frente ao mar, com piscina e tudo mais, mas não ter paz?”, explicou.

O familiar da vitima contou também, que acontecia traição de ambas partes, com isso sempre crescia as discordias de ambos, mas eles não se separavam e constamente e principalmente quando estavam alcoolizados trocavam até soco.

 “Mesmo após essas brigas de socos, chegavam a terminar o relacionamento, mas ela sempre voltava, ele saía de Salvador e vinha para Feira de Santana buscá-la, toda nossa familia o conhecia, mas também deixou de vir quando em uma das brigas na nossa casa, ele saiu queimado, pois ambos saíram sangrando. Então, ela só ia para a capital e implorava para que eu ou um outro irmão nosso fôssemos com ela, porque ela dizia que tinha medo de ficar sozinha com ele”, finalizou. 

Texto Gleidson Santos com Informações Bocão News