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quarta-feira, julho 07, 2021

Lavador de carro aguarda decisão judicial por divisa de bens há mais de 30 anos

 

O lavador de carro, Marcos Paulo da Silva, 48 manos, está aguardando uma decisão judicial de divisa de bens há 35 anos. Mesmo depois de inúmeros apelos que ele e outros familiares fizeram publicamente no decorrer de todo esse tempo. Como greve de fome e até tentativa de suicídio, quando ele subiu no prédio do Fórum Felinto Basto. Na oportunidade ele fez a manifestação para que fosse atendido pela justiça já que o processo caminhava de forma muito lenta.



Marcos Paulo

Marcos Paulo e seus familiares não desistiram de fazer apelos publicamente para que a justiça venha decidir o processo da divisa de bens, além de fazer manifestações na frente do Fórum Felinto Basto em Feira de Santana, também já foram ao tribunal de Justiça da Bahia e até ao Supremo Tribunal de Justiça em Brasília, mas até o momento nada dessas manifestações surtiram efeito direto. Chegou a movimentar, mas até o momento o processo não foi resolvido. 

A manifestação mais recente está acontecendo nesse momento onde ele enviou cartas para a 1ª Vara de Família da Comarca de Feira de Santana, responsável pelo processo nas redes sociais e para veículos de comunicação.

Veja a Carta:

Que culpa eu tenho?

Que culpa eu tenho de meu pai ter se apaixonado por minha mãe mesmo sendo casado?

Que culpa eu tenho de depois de meu pai ter se separado da sua família e começar uma nova família com a minha mãe?

Que culpa eu tenho dela ter engravido de mim?

Que culpa eu tenho de ter nascido e meu pai ir buscar sua primeira família pra perto de nós?

Que culpa eu tenho de com 12 anos, meu pai já um grande empresário ser assassinado?

E que culpa eu tenho de meus irmãos acharem que tinham mas direitos do que eu, ao pronto de expulsar nós de Feira de Santana para não buscar os nossos direitos hereditários?

E que culpa eu tenho de depois de 35 anos eu ainda espero da justiça esses meus direitos?

Eu não consigo me sentir culpado de nada disso ..

Mas consigo me sentir culpado de ver a minha mãe doente e não pode-la ajudá-la....

 Consigo me sentir culpado quando a minha filha Ana Vitória que ama estudar, e eu não posso dar um ensino de qualidade a ela ....

Me sinto culpado quando eu com quase cinquenta anos ainda não consegui realizar meus sonhos e meus projetos ....

Me sinto culpado quando vejo meu filho Henrique de 17 anos totalmente desanimado por falta de oportunidades a qual eu mesmo poderia tá lhe proporcionando ....

Mas na verdade eu fico me perguntando ...

De quem é a culpa ???????

 

Entenda o Caso:

Desespero I

Há quase de 12 anos, o Jornal Folha do Estado publicou uma matéria do desespero da família de Marcos Paulo com a morosidade do processo judicial de divisa de bens.



Longas horas de desespero e espera. O que seria uma ida ao banheiro, se transformou na tarde de uma quarta-feira da data 05 de Setembro de 2012, em uma tentativa de suicídio, que mancharia a luta de uma família por uma decisão judicial para o pagamento de uma pensão, com valores que chegam a R$ 200 mil. Há três dias que a família de Marcos Paulo da Silva, 38, está em greve de fome em frente ao Fórum Filinto Bastos, aguardando a decisão do processo que tramita na 1ª Vara de Família há sete anos. Nesta tarde, ao se dirigir ao um dos banheiros do prédio da repartição, o lavador de carros e pai de quatro filhos, decidiu ameaçar se jogar do 4ª andar do edifício, como forma de protestar contra não tomada da decisão judicial.

Desespero II

Meado do mês de Janeiro de 2014, um integrante da família da Silva, Marcos Paulo da Silva está ameaçando fazer mais uma greve de fome na porta do Fórum Felinto Bastos, reivindicando um parecer do Juiz da 1ª Vara de Família, de um Despacho do Processo de uma Partilha de Bens que existe há muitos anos, aguardando o fechamento deste processo.

 


Marcos Paulo afirmou para reportagem que, está tomando essa decisão devido a demora que este processo chegue ao final. “Estamos tomando essa decisão porque não estamos mais aguentando de tanta demora para resolver essa partilha, temos bens e não podemos nos fluir deles, será que vamos morrer e essa partilha não aconteça”.

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