Governo do Estado

sexta-feira, março 23, 2012

Recuperação de carros supera média nacional

Estatística da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV) aponta um índice de 75% de recuperação dos automóveis subtraídos em Salvador, taxa superior à média nacional que gira em torno de 60%, segundo dados coletados junto ao Detran. O delegado Nilton Borba, titular da DRFRV, informou nesta sexta-feira (23) que mais de 40 criminosos envolvidos em furtos e roubos de carro já foram presos em flagrante em 2012, tendo a polícia desarticulado diversas quadrilhas.

Segundo a DRFRV, Salvador registra uma média diária de oito roubos de veículos, praticados em sua maioria, às terças, quartas e quintas-feiras, entre 18 e 23 horas. Itapuã, Brotas, Stella Maris, Liberdade e Boca do Rio são, atualmente, os bairros com maior incidência dessa modalidade de crime contra o patrimônio. O Comércio, por sua vez, está entre as áreas com maior ocorrência de furtos de veículos em Salvador, capital que, de acordo com os números da unidade especializada, registra uma média diária de três casos nessa modalidade.

“Registrar presencialmente na DRFRV o roubo ou furto do veículo, tão logo o crime aconteça, é essencial para que a polícia agilize a recuperação”, orienta Nílton Borba, salientando que 90% dos carros roubados são apreendidos nos primeiros 15 dias após a ocorrência. Segundo o delegado, dispondo de algum documento pessoal da vítima, a polícia pode checar a numeração da placa e lançá-la no Sistema Nacional de Cadastro de Veículo Roubado, pois muitas vezes o CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo) é levado pelo ladrão.

Muitos dos carros roubados são utilizados em assaltos, fugas e no transporte de drogas, sendo posteriormente abandonados e resgatados pela polícia. Parte é vendida por quadrilhas especializadas para receptadores em outros municípios, como os 24 veículos recuperados, no fim de semana, em várias cidades da região sudoeste. Givaldo Ferreira da Silva, proprietário de um ferro-velho na cidade de Planalto, foi preso por participar deste esquema, encomendando carros aos criminosos, pagando entre R$ 500 e R$ 2 mil por veículo recebido, colocando-os a seguir à venda.

Veículos mais antigos, fabricados anteriormente à utilização da chave de ignição codificada, são alvo preferencial de furtos. Depois de desmanchados em oficinas clandestinas, as peças e outros componentes são comercializados pelas quadrilhas, podendo o comprador desses artigos de origem ilícita ser autuado em flagrante ou indiciado por crime de receptação. A chave codificada funciona como dispositivo antifurto.

Sistema de rádio

Quando o proprietário registra o roubo ou o furto do veículo na DRFRV, é solicitada, imediatamente, a apreensão do bem às guarnições policiais em circulação pelas ruas, acessadas através do sistema de rádio. A informação também é lançada no Sistema Nacional de Cadastro de Veículo Roubado. A DRFRV também informa posteriormente a recuperação do veículo ao Sistema Renavan, conforme explicou o delegado Nilton Borba.

Unidade integrante do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), a DRFRV dispõe de dois caminhões-guincho para transportar o veículo recuperado até o pátio da delegacia instalada na Avenida ACM, região do Iguatemi. Após o registro da ocorrência de apreensão, o proprietário é convocado para reaver o bem.

“É necessário comparecer à delegacia portando algum documento pessoal e o DUT do carro”, orienta o delegado, resaltando que, na falta do DUT ou do CRLV, a propriedade do veículo pode ser checada no sistema nacional de registro.

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