Três integrantes de uma quadrilha, que age em todo o país clonando cartões de clientes e invadindo sistemas internos de caixas eletrônicos de banco, foram apresentados, na manhã de hoje (3), pela titular da 16ª Delegacia Territorial ( Pituba), delegada Jussara Santos de Souza. Renato Isaias dos Santos, de 28 anos, Fábio Silva, 38, baianos de Itabuna, e Miguel Luiz da Silva Filho, 32, nascido em Natal, no Rio Grande do Norte, foram presos neste domingo (2), por investigadores lotados naquela unidade policial.
Os três la~drões foram presos em flagrantes |
Os policiais apreenderam equipamentos para clonagem de cartões e dispositivos para recontagem de dinheiro, dotados de programa capaz de fazer o caixa eletrônico liberar toda a quantia disponível em seu cofre, trazendo também prejuízos à instituição financeira. Ainda foram encontrados com os bandidos, vários cartões clonados, maquinário para confeccionar cartões, um teclado de uma máquina, fardamento da empresa Nordeste Segurança e três veículos: um Fiesta, locado em Itabuna, um Citroen e um Punto, pertencentes a Miguel e Renato, respectivamente.
INVESTIGAÇÕES
As investigações da 16ª DT sobre a localização da quadrilha, que aplicava este tipo de golpe contra clientes e instituições financeiras na capital e Região Metropolitana de Salvador, tiveram início logo após o registro de uma ocorrência de saque fraudulento no valor de R$ 90 mil, feito no caixa eletrônico localizado na agência do banco Santander, na Pituba.
Renato, operador de máquinas, e Fábio, técnico em eletrônica, foram presos quando entravam numa pousada localizada em Itapuã. Demitidos recentemente de uma empresa de segurança de valores, estavam em Salvador para aplicar mais golpes, para os quais contavam com o apoio de Miguel, preso em um village na Praia de Flamengo. Neste local, cujo aluguel mensal era de R$ 1,5 mil, foram encontrados todos os equipamentos de falsificação.
Os policiais apuraram que, por serem do ramo, os criminosos conheciam a rotina de vistoria dos equipamentos e as brechas deixadas nos finais de semana, quando não há monitoramento aos caixas 24 horas. Confessaram que trabalhavam para um grupo que atua em São Paulo e Manaus, para onde teriam viajado na última quinta-feira, saindo de Salvador depois de atacarem o terminal eletrônico do Santander.
Eles tinham funções definidas na quadrilha: enquanto Miguel guardava os equipamentos, Renato e Fábio, devidamente fardados para não levantarem suspeitas, manuseavam os terminais, instalando os “chupa-cabras” e subtraindo os teclados dias depois. Para cada caixa violado, recebiam entre R$ 1,5 mil e R$ 5 mil. A delegada Jussara Santos de Souza, da 16ª DT, já solicitou a prisão preventiva do trio, autuado em flagrante por formação de quadrilha interestadual.
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