Revoltados com a morte do ajudante de pedreiro Sidinei de Santana Rocha, 26, após a prisão em São Domingos (a 130 km de Feira de Santana), cerca de 250 moradores fizeram protesto no final da manhã desta quarta-feira, 6, em frente à delegacia da cidade. Eles depredaram uma viatura e incendiaram o carro do guarda municipal José Roberto Matias.
Aglomerados em frente à delegacia, os manifestantes ameaçavam invadir o prédio se o delegado, Jorge Umbelino, não apresentasse o policial civil Marcelo Silva Souza e o guarda municipal José Roberto Matias, 57 anos, apontado pelos manifestantes como o pivô da prisão.
“Ele inventou que meu irmão teria destruído o carro dele a pedradas, quando, na verdade, a pedra foi atirada em outro rapaz que tinha brigado com Sidinei, mas acabou acertando de raspão o carro do guarda”, contou Lucivânia, irmã da vítima.
O veículo Voyage, placa JLY- -7642, que pertencia ao servidor público, foi levado até a praça central da cidade e incendiado “para mostrar o que estamos sentindo há anos, sofrendo perseguição e agressões, sem nada ser feito para acabar com a atrocidade dos policiais”, reclamou um dos manifestantes.
Diante da ameaça de invasão da delegacia, onde estava o guarda, o delegado solicitou reforço policial, sendo enviados cerca de 30 policiais civis e militares de Valente, Santaluz, Serrinha, Feira de Santana e Conceição do Coité para conter os manifestantes.
Enterro
O corpo de Sidinei foi sepultado por volta das 14 horas, após o cortejo percorrer as ruas da cidade e passar em frente à delegacia e à prefeitura.
Alguns familiares passarram mal e foram levados ao hospital, enquanto manifestantes foram à casa do guarda para incenciá-la, mas policiais permaneceram em frente à residência até o final da tarde.
Por medida de segurança, o servidor público e familiares, além do policial civil Marcelo Silva Souza, foram retirados da cidade.
Familiares afirmam que Sidnei foi barbaramente espancado desde a prisão, ocorrida nos fundos de casa, a poucos metros da delegacia.
O CASO
Sidnei foi preso na terça-feira, 5, e encaminhado à delegacia do município depois de se envolver numa briga com um guarda municipal. O investigador Marcelo da Silva Souza, chamado ao local, efetuou a prisão do rapaz, que segundo ele, se mostrava exaltado e recusava-se a ficar custodiado na unidade policial. Durante a madrugada de quarta, o preso passou mal na carceragem e foi socorrido para o hospital, onde não havia médico e foi transferido para Feira de Santana, mas faleceu no caminho.
No entanto, os familiares confrontam a informação policial e afirmam que o rapaz foi preso por ter acertado acidentalmente uma pedrada no carro do guarda municipal. Após ser preso, segundo os familiares, ele foi barbaramente espancado até a morte.
“Vamos colocar um advogado para acompanhar as investigações e iremos até o final para que a justiça seja feita”, afirmou Liliane Santana.
Fotos Luis Tito e Gleidson Santos
Um comentário:
antes de mais nada vou me desculpando com site policia viola mais o fato é que a imprenssa é formadora de opinião pois os reais fatos são outros. Alguem apos morto vira santo e é auto denominado é pedreiro quando vivo se fosse uma pessoa de bem não iria estar alteradaente drogado, alcolisado fazendo arruaças na rua por tanto cabe a nós analisarmos e procurarmos enchegar que o policial cumpriu o seu dever em defender a população de pessoas que representava perigo. que justiça é essa que só existe pra vagabundo
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