Governo do Estado

População assustada com a violência de Feira


Devido aos cinco homicídios que ocorreram na ultima segunda-feira (08) em Feira de Santana, a Secretaria Municipal de Prevenção à Violência e Prevenção aos Direitos Humanos tenta mostrar à sociedade feirense que o problema não está unicamente relacionado à atuação da polícia e do poder executivo na cidade e sim a um conjunto de fatores que contribuem para a onda de tráfico e violência na região.
Segundo o secretário municipal de Prevenção à Violência, Mizael Freitas de Santana, a segurança na cidade encontra-se fragilizada, apesar do apoio e investimento que o governo estadual tem dado, disponibilizando viaturas e policiais. Porém, a quantidade não atende à necessidade do município.
“Para uma cidade de aproximadamente 600 mil habitantes, são 1.300 policiais militares e pouco mais de 200 policiais civis destinados a cobrir uma contingência e estruturas de bairros, quando devíamos ter, no mínimo, 3.000 policiais”, calcula o secretário.
Até o dia 29 de dezembro do ano passado foram registrados 341 homicídios na cidade, enquanto este ano, em apenas 10 meses, já temos 350. “Ainda falta um mês para o término do ano e já ultrapassamos a quantidade de mortos no mesmo período do ano passado. Os bairros da cidade onde é preciso uma atuação constante da polícias militar e civil são Campo Limpo, Rocinha, Caseb, George Américo, Queimadinha, Expansão do feira IX, Baraúnas e Tanque da Nação, onde são registrados os maiores índices de violência”, revela o secretário.

MORADORES
Diego da Paixão, 23 anos, conta que no Bairro do Caseb, onde ele mora, para sair à noite é muito complicado, porque naquela região existem muitos pontos de tráfico e que, quando a polícia se aproxima, normalmente, há troca de tiros, o que preocupa os jovens e moradores do bairro. “Quando eu volto de festas ou coisa assim, evito voltar muito tarde ou, então, não durmo em casa, por medo do que pode acontecer. A violência aqui é realmente assustadora” desabafa.
Para Rodrigo Santos Barbosa a violência ocorrida na segunda-feira deve preocupar muito os órgãos públicos da cidade. Porém, quem mais se preocupa com essa situação são os pais de família, por não saber a forma ideal de criar seus filhos diante de uma sociedade parcialmente perdida.
“O principal motivo de tanta violência não está diretamente ligado à falta de viaturas e policiais, e sim a uma ausência de serviços sociais e educacionais para toda população ainda não corrompida por essa onda de marginalidade. Seria um trabalho conjunto entre polícia, sociedade, governo e escola”, sugere o jovem.


Por Maiara Nailanne

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