Governo do Estado

Presos rebelados no sábado passado continuam no Complexo Policial

Momento em que os presos feridos são transferidos para o HGCA
Policiais entraram com munições de borrachas

Momento em que o COE invade a carceragem


Dos 140 presos que participaram da rebelião que aconteceu no último sábado (30-01), na Carceragem do Complexo Policial Investigador Bandeira, 130 continuam amotinados em cinco celas que restaram após o motim. 10 foram transferidos, no último domingo (31), para o Conjunto Penal de Feira de Santana.
O coordenador da Polícia Civil, Fabio Lordello afirmou para imprensa que está em contato com a Secretária de Justiça da Bahia para disponibilizar vagas em presídios para as transferências dos presos, já que das 15 celas existentes na carceragem, 07 (sete) foram danificadas durante a rebelião.
A Rebelião
Cerca de 140 detentos participaram da rebelião que começou por volta das 16 horas de sábado e terminou nas primeiras horas de domingo. Provavelmente, a rebelião foi gerada em protesto à suspensão das visitas, na última quinta-feira (28), e depois da entrega da custódia pelos policiais civis.
Além das sete celas danificadas, os presos queimaram vários colchões e mantiveram três presos reféns. Um deles foi enrolado em um colchão, sendo constantemente ameaçado de morte e agredido com “chunços” (chunço: espécie de arma artesanal que os detentos fazem a partir de qualquer material metálico; pau armado de agulhão).
Os presos exigiam a presença dos familiares, promotores, juízes, advogados e reivindicavam a transferência do Complexo Policial para o Conjunto Penal de Feira de Santana. Aproveitando a desorganização dos amotinados (nas negociações, os presos não chegavam a um acordo entre eles), o delegado Fábio Lordello acionou o Centro de Operações Especiais da Polícia Civil (COE), que invadiu a carceragem usando arma não letal e bombas de ação moral.
Depois da entrada do COE, a rebelião foi contornada. De acordo com a polícia, três presos saíram feridos por outros presos e foram socorridos para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
Bomba Relógio
O jornal Folha do Estado alertou para as autoridades, através de uma matéria publicada na edição da última sexta-feira (29), o perigo de uma rebelião iminente entre os presos da Carceragem do Complexo Policial Investigador Bandeira: “A Carceragem do Complexo Policial Investigador Bandeira conta atualmente com 147 detentos. A capacidade máxima na unidade é de 35 presos. Constantemente, os presos questionam a superlotação na unidade. Diante da suspensão das visitas, as possibilidades de rebelião são maiores”.

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