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sexta-feira, fevereiro 13, 2015

Carnaval de Salvador: Fleches do Circuito Barra/Ondina


Apreensão de caixas de cerveja sobe para mais de 10 mil no Carnaval

Mais 2.198 caixas de cervejas que seriam comercializadas de forma irregular no Carnaval de Salvador foram apreendidas no Campo Grande, na noite desta quinta-feira (12), resultando num total de 32.970 latas. Com mais esta ação da Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom), o número de apreensões de latas de cervejas sobe de 132.540 unidades para 165.510, e de caixas de 8.836 para 10.534


Somente na manhã de ontem, os fiscais da Sucom apreenderam 8.836 caixas de cerveja no Circuito Dodô, na Barra, que estavam em dois estabelecimentos clandestinos. Foram necessários sete caminhões para levar os produtos apreendidos para um depósito. Os produtos apreendidos
pelos agentes da secretaria não possuem autorização da Prefeitura para comercialização nos circuitos do Carnaval, que contam com patrocinadores oficiais, inclusive das cervejarias Itaipava e Schin. Os produtos serão liberados após a festa, mediante o pagamento de multa.


Além das apreensões, a Sucom realizou nesta quinta-feira mais de cem vistorias em todos os circuitos da festa. No total, foram 34 notificações (16 notificações a camarotes para adequação das normas previstas em lei, adequações das estruturas, apresentação de alvará, instalação de corrimão de escadas, acessibilidade e sinalização) e três autos de infração (dois aos depósitos clandestinos por comercializar bebidas que não são do patrocinador e uma a estabelecimento no Campo Grande).

A Operação Carnaval 2015 da Sucom foi iniciada nesta quarta-feira, e conta com 400 profissionais envolvidos nas atividades de vistoria. Nos dois primeiros dias, foram mais de 400 vistorias, sendo aplicadas 88 notificações, 13 autos de infração e apreensões de mesas, cadeiras e de publicidade em via pública. As ações seguem até terça-feira (17), último dia oficial da festa.


Luiz Caldas relembra início do Axé e comemora resgate do Carnaval

Quando surgiu “a nega do cabelo duro”, cantada em “Fricote”, marco do Axé Music, era difícil para seu interprete, o cantor Luiz Caldas, pensar na música baiana como é hoje. Há 30 anos, relembra, “era inimaginável ter a nossa música em rede nacional, exibida em clipes no Fantástico, no Globo de Ouro e etc”. O sucesso daquele ritmo, ainda chamado de deboche, foi surpreendente. “A nossa música conquistou o Brasil e as coisas foram acontecendo naturalmente. Foi uma surpresa muito grande. O Axé passou a ser referência nos anos 80 e hoje é gratificante vê no que aquele movimento se transformou”.


Nos bailes, onde a regra era cantar de tudo um pouco, Luiz Caldas foi encontrando o caminho que o levaria a conquistar o título de “pai do Axé Music”. “Foram essas as influências que levei para o trio Tapajós e lá a gente começou a desenvolver um trabalho baseado nisso, em todo aquele samba, no rock, no frevo, baião, salsa, tango e etc. Dessa mistura que a gente fazia tocando nos bailes, surgiu uma nova batida, um jeito diferente, um ritmo novo”, conta.

Em pouco tempo, todos estavam cantando "pega ela ai pra passar batom"’ e "Fricote" se consolidou no repertório das rádios pelo país. “Outras músicas foram surgindo, seguindo aquele ritmo, e tudo foi se popularizando e ficando cada vez mais forte”. E é essa popularidade que faz com que a história da Axé Music esteja tão ligada ao carnaval. “O Carnaval e o Axé sempre foram muito íntimos. Fico muito feliz que o prefeito ACM Neto tenha compreendido esse aspecto plural, participativo da festa. Sempre cantei em trio independente, sempre fiz o Carnaval para o folião-pipoca, essa foi uma marca que fiz questão de levar comigo”, diz.

Luiz Caldas afirma que a decisão da Prefeitura em valorizar o folião que curte na pipoca é acertada e resgata aspectos positivos dos velhos carnavais. Seguindo a proposta de valorização da pipoca, somam 70 os trios que desfilarão sem cordas nos dois circuitos. Entre as atrações, artistas consagrados como Daniela Mercury, Saulo Fernandes, Banda Eva, Banda Araketu. Além do próprio Luiz Caldas, que fez a alegria do folião pipoca durante a abertura oficial da festa, no Circuito Osmar. 

“Vejo essa iniciativa de reaproximar os trios do povo como fundamental para reoxigenar o Carnaval de Salvador. E, quando paramos para analisar, a gente vê que é um ciclo: o público volta, o Carnaval se resgata, ganha mais vida. Pois, quando o povo retorna às ruas, a alegria volta e carnaval é alegria, o carnaval é a participação popular”, ressalta o multi-instrumentista, que volta a tocar na folia momesca neste sábado (14), no início da noite, no Circuito Dodô (Barra-Ondina).


Folia na Barra começa mais cedo no Carnaval de Salvador

As chaves da cidade foram entregues ao Rei Momo, no Campo Grande, mas a folia já havia começado na Barra. Grandes nomes do axé e do funk iniciaram a quinta-feira de Carnaval no circuito Dodô, agitando os foliões. Durval Lélys deu início a folia no circuito Dodô e Osmar puxando o bloco Cocobambu, em seu primeiro ano de carreira solo. O vocalista levou para a Barra um repertório que misturando velhos sucessos do Asa de Águia com seu projeto musical solo. O cantor homenageou os 30 anos do Axé, com hit consagrado da folia “We Are Carnaval”.

A bordo do trio elétrico Demolidor, pelo bloco Cerveja e Cia, Saulo puxou uma multidão na Barra. O cantor arriscou até mesmo o sucesso de Zeca Baleiro, "Telegrama", em ritmo timbalizado. Querido pelos fãs desde quando comandava a Banda Eva, Saulo teve o apoio maciço do público. Após uma falha que interrompeu o som bruscamente, Saulo começou a cantar "Raiz de Todo Bem", um dos seus maiores sucessos da carreira solo.


Logo depois a funkeira Anita estreou no carnaval de Salvador, comandando o bloco D+ Eu Vou. A musa vestiu uma fantasia inspirada na música "Faraó Divindade do Egito", da banda Olodum. Ao subir no trio, Anita provocou seu público: "Quero saber quem vai beijar na boca hoje". A  carioca comandou  o funk na Barra, com sons do seu novo álbum “Ritmo Perfeito” e sucessos consagrados como "Show das Poderosas".