segunda-feira, fevereiro 16, 2015
sexta-feira, fevereiro 13, 2015
Apreensão de caixas de cerveja sobe para mais de 10 mil no Carnaval
Mais 2.198 caixas de cervejas que seriam comercializadas de forma
irregular no Carnaval de Salvador foram apreendidas no Campo Grande, na noite
desta quinta-feira (12), resultando num total de 32.970 latas. Com mais esta
ação da Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom), o número de apreensões de
latas de cervejas sobe de 132.540 unidades para 165.510, e de caixas de 8.836
para 10.534
Somente na manhã de ontem, os fiscais da Sucom apreenderam 8.836 caixas
de cerveja no Circuito Dodô, na Barra, que estavam em dois estabelecimentos
clandestinos. Foram necessários sete caminhões para levar os produtos
apreendidos para um depósito. Os produtos apreendidos
pelos agentes da secretaria não possuem autorização da Prefeitura para
comercialização nos circuitos do Carnaval, que contam com patrocinadores
oficiais, inclusive das cervejarias Itaipava e Schin. Os produtos serão liberados
após a festa, mediante o pagamento de multa.
Além das apreensões, a Sucom realizou nesta quinta-feira mais de cem
vistorias em todos os circuitos da festa. No total, foram 34 notificações (16
notificações a camarotes para adequação das normas previstas em lei, adequações
das estruturas, apresentação de alvará, instalação de corrimão de escadas,
acessibilidade e sinalização) e três autos de infração (dois aos depósitos
clandestinos por comercializar bebidas que não são do patrocinador e uma a
estabelecimento no Campo Grande).
A Operação Carnaval 2015 da Sucom foi iniciada nesta quarta-feira, e
conta com 400 profissionais envolvidos nas atividades de vistoria. Nos dois
primeiros dias, foram mais de 400 vistorias, sendo aplicadas 88 notificações,
13 autos de infração e apreensões de mesas, cadeiras e de publicidade em via
pública. As ações seguem até terça-feira (17), último dia oficial da festa.
Luiz Caldas relembra início do Axé e comemora resgate do Carnaval
Quando surgiu “a nega do cabelo duro”,
cantada em “Fricote”, marco do Axé Music, era difícil para seu interprete, o
cantor Luiz Caldas, pensar na música baiana como é hoje. Há 30 anos, relembra,
“era inimaginável ter a nossa música em rede nacional, exibida em clipes no
Fantástico, no Globo de Ouro e etc”. O sucesso daquele ritmo, ainda chamado de
deboche, foi surpreendente. “A nossa música conquistou o Brasil e as coisas
foram acontecendo naturalmente. Foi uma surpresa muito grande. O Axé passou a
ser referência nos anos 80 e hoje é gratificante vê no que aquele movimento se
transformou”.
Nos bailes, onde a regra era cantar de
tudo um pouco, Luiz Caldas foi encontrando o caminho que o levaria a conquistar
o título de “pai do Axé Music”. “Foram essas as influências que levei para o
trio Tapajós e lá a gente começou a desenvolver um trabalho baseado nisso, em
todo aquele samba, no rock, no frevo, baião, salsa, tango e etc. Dessa mistura
que a gente fazia tocando nos bailes, surgiu uma nova batida, um jeito
diferente, um ritmo novo”, conta.
Em pouco tempo, todos estavam cantando
"pega ela ai pra passar batom"’ e "Fricote" se consolidou
no repertório das rádios pelo país. “Outras músicas foram surgindo, seguindo
aquele ritmo, e tudo foi se popularizando e ficando cada vez mais forte”. E é
essa popularidade que faz com que a história da Axé Music esteja tão ligada ao
carnaval. “O Carnaval e o Axé sempre foram muito íntimos. Fico muito feliz que
o prefeito ACM Neto tenha compreendido esse aspecto plural, participativo da
festa. Sempre cantei em trio independente, sempre fiz o Carnaval para o
folião-pipoca, essa foi uma marca que fiz questão de levar comigo”, diz.
Luiz Caldas afirma que a decisão da
Prefeitura em valorizar o folião que curte na pipoca é acertada e resgata
aspectos positivos dos velhos carnavais. Seguindo a proposta de valorização da
pipoca, somam 70 os trios que desfilarão sem cordas nos dois circuitos. Entre
as atrações, artistas consagrados como Daniela Mercury, Saulo Fernandes, Banda
Eva, Banda Araketu. Além do próprio Luiz Caldas, que fez a alegria do folião
pipoca durante a abertura oficial da festa, no Circuito Osmar.
“Vejo essa iniciativa de reaproximar os
trios do povo como fundamental para reoxigenar o Carnaval de Salvador. E,
quando paramos para analisar, a gente vê que é um ciclo: o público volta, o
Carnaval se resgata, ganha mais vida. Pois, quando o povo retorna às ruas, a
alegria volta e carnaval é alegria, o carnaval é a participação popular”,
ressalta o multi-instrumentista, que volta a tocar na folia momesca neste
sábado (14), no início da noite, no Circuito Dodô (Barra-Ondina).
Folia na Barra começa mais cedo no Carnaval de Salvador
As
chaves da cidade foram entregues ao Rei Momo, no Campo Grande, mas a folia já
havia começado na Barra. Grandes nomes do axé e do funk iniciaram a
quinta-feira de Carnaval no circuito Dodô, agitando os foliões. Durval Lélys
deu início a folia no circuito Dodô e Osmar puxando o bloco Cocobambu, em seu
primeiro ano de carreira solo. O vocalista levou para a Barra um repertório que
misturando velhos sucessos do Asa de Águia com seu projeto musical solo. O
cantor homenageou os 30 anos do Axé, com hit consagrado da folia “We Are
Carnaval”.
A
bordo do trio elétrico Demolidor, pelo bloco Cerveja e Cia, Saulo puxou uma
multidão na Barra. O cantor arriscou até mesmo o sucesso de Zeca Baleiro,
"Telegrama", em ritmo timbalizado. Querido pelos fãs desde quando
comandava a Banda Eva, Saulo teve o apoio maciço do público. Após uma falha que
interrompeu o som bruscamente, Saulo começou a cantar "Raiz de Todo
Bem", um dos seus maiores sucessos da carreira solo.
Logo
depois a funkeira Anita estreou no carnaval de Salvador, comandando o bloco D+
Eu Vou. A musa vestiu uma fantasia inspirada na música "Faraó Divindade do
Egito", da banda Olodum. Ao subir no trio, Anita provocou seu público:
"Quero saber quem vai beijar na boca hoje". A carioca comandou
o funk na Barra, com sons do seu novo álbum “Ritmo Perfeito” e sucessos
consagrados como "Show das Poderosas".
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