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“Participação da sociedade fez a diferença”: Marina Silva sobre COP30

ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou no programa "Bom Dia, Ministra" desta sexta-feira, 28 de novembro, os avanços do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém (PA) com participação social histórica. Em entrevista a rádios e portais de notícias, ela elencou as agendas estratégicas que o país lidera para a mitigação das mudanças do clima e o desenvolvimento sustentável.

Marina Silva destacou que, pela primeira vez em 30 anos de conferências do clima, a COP30 colocou no centro do debate mundial a necessidade de uma transição justa e planejada para reduzir e superar a dependência de combustíveis fósseis - Foto: Diego Campos/Secom-PR


Marina reforçou o papel de liderança do Brasil na articulação global pelo fim dos combustíveis fósseis, contra o desmatamento e pela justiça climática, com foco nas populações mais vulneráveis. A titular do Meio Ambiente lembrou que, pela primeira vez em 30 anos de conferências do clima, a COP30 colocou no centro do debate mundial a necessidade de uma transição justa e planejada para reduzir e superar a dependência de combustíveis fósseis.

“Foi um esforço muito grande para colocar o tema dos combustíveis fósseis no debate e o tema do desmatamento. É perfeitamente possível você ter desenvolvimento econômico sem precisar destruir as bases naturais do seu próprio desenvolvimento. O maior exemplo disso é o Brasil. O desmatamento na Amazônia está caindo 50% nesses três anos de governo do presidente Lula e o agronegócio cresceu 17%”, explicou Marina.

MAPA DO CAMINHO — Medida proposta pelo Brasil para indicar uma trilha para superação do uso de combustíveis fósseis e reverter o desmatamento, o Mapa do Caminho não entrou na declaração oficial do evento, mas a ideia ficou amplamente sedimentada no cenário internacional, com adesão de mais de 80 nações. A ministra destacou que o Brasil já tem grande parte da transição energética estruturada e pode liderar essa mudança.

“O Mapa do Caminho para sair da dependência de combustível fóssil no Brasil, a maior parte dele já está desenhado. O Brasil tem uma vantagem comparativa, mas precisa continuar avançando. Nós podemos fazer internamente o nosso próprio Mapa do Caminho”, afirmou.

“Muito do que alguns vão começar agora, nós já temos há muitos anos, que é ter uma matriz energética limpa em 45% e de podermos ser uma alternativa, não só para nós mesmos, mas para outras regiões do mundo. Além disso, nos preparamos para sermos o endereço dos investimentos verdes”, completou a ministra.

PARTICIPAÇÃO SOCIAL — Marina Silva afirmou que a COP30 foi uma conferência histórica também pela mobilização social inédita e pela participação ativa de povos indígenas e de diferentes comunidades brasileiras.

“Depois de quatro COPs em governos com regimes políticos singulares, em que a participação da sociedade não é prevista, vir para o Brasil, um lugar onde nasceram as COPs, que tem uma tradição de participação popular, em um governo democrático que lutou para manter a democracia e continua lutando para que ela seja mantida, a participação da sociedade fez a diferença”, registrou a ministra.

Ela mencionou que, só na Zona Verde, passaram mais de 300 mil pessoas, e citou a participação indígena, com mais de 300 credenciados na Zona Azul, espaço onde ocorriam as negociações da Conferência. “Dentro da Zona Azul, que é uma área que não tinha tradição de ter participação da sociedade, a participação da sociedade foi incrível. Tivemos uma COP com alta qualidade, na participação da sociedade, da comunidade científica, do setor empresarial, foi algo realmente surpreendente”, declarou Marina.

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