O diretor do Departamento de
Policiamento Metropolitano (DEPOM), Arthur Gallas, contou durante entrevista
coletiva nesta terça-feira (13) detalhes sobre a versão inicial do suspeito de
ter matado a delegada da Polícia Civil, Patrícia Neves Jackes Aires, no fim de
semana, Tancredo Neves Lacerda Feliciano de Arruda.
Artur disse que no dia do
crime, o suspeito narrou fatos contraditórios. "Conversamos pelo telefone
e com outro celular no viva voz fiz a gravação. Então, a partir daquele momento
ali algumas contradições já vieram, ele iniciou a versão de que os dois teriam
saído de Santo Antônio, parado o carro em Sapeaçu para urinar, ai surgiu uma
moto com três elementos, e aí fica difícil ter três elementos em uma moto. Dois
desceram, abordaram eles dando voz de assalto e sequestraram a delegada e o
veículo. Próximo a Feira de Santana, ele diz que é colocado para fora do
veículo”.
“Segundo ele, bateu a cabeça
levemente e estava em posse do telefone celular. Ai, o Celular que nos chamou a
atenção novamente, visto que se fosse um roubo, provavelmente o celular dele
teria sido levado. E então, a partir dali, ele demorou muito tempo para acionar
a polícia, em torno de duas horas, uma hora e meia, duas horas",
continuou.
Após buscas, o veículo foi
localizado em São Sebastião do Passé, na RMS, com o corpo da mulher no banco do
carona. A perícia entrou em ação e, a partir das evidências, começou a
desvendar os reais desdobramentos da ocorrência.
"A partir dali, em
análises preliminares de lesões, ficou evidente que as lesões que ele tinha
eram compatíveis com as lesões que ela tinha. Ele do lado do motorista e ela do
lado do carona. Ele estava arranhado pelo pescoço do lado direito, pois ela
estava do lado direito dele. Já ela, estava com lesões do lado esquerdo. Então
assim, ele tinha uma lesão de cotovelo e ela tinha uma lesão na boca, que foi
agredida, como se ele tivesse dado uma cotovelada. A mão dele esquerda inchada,
como se tivesse também socado ela, ai a gente já tinha certeza do fato",
contou.
O homem passou por audiência
de custódia na segunda-feira (12) e teve a prisão convertida em preventiva até
o fim das investigações no presídio da Mata Escura, em Salvador.
Fonte Atarde Online
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