A Delegacia de Homicídios e
Proteção a Pessoa (DHPP) de Feira de Santana, através do delegado Gustavo
Coutinho, titular da pasta, pediu a prisão preventiva do dentista Lucas Ferraz,
acusado de ter matado o metalúrgico Jacivaldo Pereira Gomes, 44 anos, na noite
da última quarta-feira (15), após uma pequena colisão entre dois veículos, na
Avenida Eduardo Fróes da Mota (Anel de Contorno), nas proximidades da Lagoa
Grande, em Feira de Santana.
A filha de Jacivaldo, Alana
Costa Alves Gomes, 24 anos, dentre outras testemunhas, prestaram depoimentos na
manhã desta segunda-feira (20), ao delegado Gustavo Coutinho. Também, o
delegado teve acesso as imagens de uma câmera de monitoramento, qual mostrou que
a versão do dentista não bate. Com esses detalhes, o delegado solicitou a
prisão preventiva do acusado.
O delegado Gustavo Coutinho,
disse que o que mais chamou atenção, foi o intervalo entre a colisão inicial e
o momento do disparo. O vídeo de uma câmera de monitoramento revela que toda
ação ocorreu em menos de um minuto, precisamente 50 segundos, refutando a
alegação do acusado, que afirmou que teria sido em cerca de três a cinco
minutos. “O carro da frente é o carro do autor, um Ônix de cor branca, e perfeitamente
dá para ver que o veículo de trás, que é o Gol de Jacivaldo, colide de forma
leve”.
Gustavo continua: “Em seguida,
o carro do autor estaciona no acostamento, sendo que, Jacivaldo continua
andando devagar, porém, o autor já estava de pé, no meio da pista, e pediu para
ele parar, visivelmente acontece uma discussão entre os dois, onde o acusado
xingou a vítima com um palavrão, e depois o autor retornou para o seu carro e o
metalúrgico desce e foi atrás e em seguida a filha do Jacivaldo corre atrás dele
e o dentista sacou a arma e apontou para seu pai, onde a mesma tinha implorado
para não atirar, mas o dentista atirou”, contou o delegado.
Jaqueline, prima de Jacivaldo,
contou para reportagem que a família vai lutar muito para que esse crime não
fique impune. “Ele matou meu primo por um motivo fútil, por nada, as filhas dele
imploraram tanto que não tirasse no seu pai , ele próprio, ainda falou com o
acusado, você vai fazer isso na frente das minhas filhas, te falei que se tiver
algum prejuízo que eu pago e você aponta uma arma para mim, na frente deles, e
mesmo assim, ele não teve piedade, e atirou, sabe o que ele disse quando
atirou: “Aonde você já viu homem que é homem puxar uma arma e não tirar”, pois,
essas foram as últimas palavras do acusado”, explicou Jaqueline.
Durante os depoimentos de
Alana e outros familiares de Jacivaldo, familiares e amigos realizaram mais uma
manifestação na frente do Complexo de Delegacias do Sobradinho, pedindo justiça
para que o crime não fique impune.

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