A madrasta das duas crianças
que foram espancadas pelo pai no domingo (1º) na Praia de Itapuã em Salvador,
onde, o espancamento foi filmado por um banhista e divulgado nas redes sociais
ocorrendo uma grande repercussão negativa em todo o estado e também
nacionalmente, compareceu na Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI) de
Feira de Santana, delegacia responsável pela investigação que identificou o
acusado e as crianças, na manhã de terça-feira (03).
Na delegacia, a madrasta
defendeu o agressor, falando que o mesmo está profundamente arrependido e que
teria agido com emoção. “Estávamos todos na praia, sentada com meu companheiro
e as meninas, quando a filha mais nova pediu para tomar banho de mar e ele
autorizou, porém, com a condição de que a mais velha tomasse conta. Mais ou
menos meia hora depois, ela (mais velha) voltou perguntando se a irmã estava
lá, ele pediu que ela voltasse para procurar a irmã”
“Deixei a criança com ele e
fui procurar a menina com outra irmã, aproximadamente uns quarenta minutos de
procura, encontramos ela chorando com um casal que estava nos procurando, aí eu
trouxe as duas. Porém, ele estava muito agoniado, pensando que a menina estava
morta no mar e com medo de ter acontecido isso e a pequena estava no colo dele
já chorando, o que deixou ele ainda mais nervoso e ele acabou se desesperando e
agiu daquela maneira”
A companheira do agressor
continua – “As duas filhas dele moram com a gente e ele sempre as tratou muito
bem, sendo um bom pai presente, prestativo. Ele é um excelente marido e um
ótimo pai. Com a maior certeza ali foi uma coisa de momento e ele está muito,
mais muito mesmo arrependido", finalizou a madrasta.
Repercussão
O vídeo do pai agredindo duas filhas crianças repercutiu
muito não só na região de onde ocorreu a agressão e sim em todo o estado e
também no Brasil a fora. A cantora Ludmila, publicou no Twitter “Não existe
contexto que justifique essa violência. O que mais me deixa indignada é que
ninguém fez nada. Bora fazer alguma coisa @MPdaBahia”
“Ele
não bate em criança, ele só bateu para educar a gente. Ele é um homem
trabalhador, bota comida dentro de casa, é ele que faz tudo, que trabalha, que
pega madeira. Ainda vocês ficam fazendo isso com ele”, contou uma das filhas do
agressor.
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