Cada dia que passa a onda de violência na capital baiana (Salvador) sói está aumentando e visivelmente está demonstrando que é guerra de facções criminosas que está aterrorizando a sociedade de bem da capital de sua região metropolitana e de grandes municípios do interior da Bahia.
Na semana passada um ataque de traficante durante uma festa
clandestina de “paredões” ocorrida no bairro Uruguai, também em Salvador deixou
seis mortos e doze feridos. Dessa vez, o ataque aconteceu no bairro do São
Caetano, onde deixou três mortos e sete feridos.
Autoridades da segurança pública estão preocupados com o
envolvimento da facção criminosa carioca denominada Comando Vermelho que está
“operando” em alta aqui na Bahia, principalmente na capital, na Região
Metropolitana e em vários municípios do interior do Estado da Bahia. “Nenhuma
facção criminosa é bonzinha e nunca deveria existir, mas as ações que o Comando
Vermelho executa é totalmente violenta”, contou um agente da segurança pública,
que não quis ser identificado.
O agente continua: “O que está acontecendo em Salvador e em outras
cidades baianas é o que aconteceu pouco tempo atrás no estado do ceara e no Rio
Grande do Norte, uma guerra explicitas de traficantes disputando pontos de
drogas. Onde centenas de pessoas foram executadas, dentre elas, envolvidos e
muitos inocentes que não tinham nada a ver com o mundo do crime”.
“Para mim e muitos colegas de trabalho e até mesmo do
judiciário, ou as autoridades não só da Bahia como de todo o Brasil se unem, ou
o crime organizado vai passar a comandar as ações públicas em todo o território
nacional brasileiro. Vou fazer um pequeno resumo nessa sua entrevista, outra
hora pode me procurar que prestarei mais uma matéria para seu veículo, ou seja,
para sociedade. Se o congresso, o governo federal e o puder judiciário não se
unirem urgentemente, o crime organizado tomará conta do Brasil”.
“O congresso tem que fazer urgentemente uma lei que puna esses
criminosos com rigor, que faça a reforma do Código Penal; o governo federal,
use seus ministérios que tenha influencia no combate a violência que tome
alguma providencia; o judiciário, que pelo menos faça com que esses criminosos
que são presos pelas policias cumprem a lei, mesmo essa lei frágil que se
encontra, mas não libertem criminosos como: traficantes, homicidas,
estupradores, latrocidas, durante audiências de custodias. Com o é que um
criminoso é preso em flagrante com pistolas, submetralhadoras, fuzis, dentre
outras armas e conseguem liberdades na audiência de custodia. Isso está
erradíssimo”, finalizou o agente público de segurança.
São Caetano
O comandante da 9ª CIPM, major Elison Oliveira, responsável pelo
policiamento da região do bairro São Caetano, disse que o ataque que deixou 10
pessoas baleadas na Capelinha de São Caetano teria sido motivado por outro
crime que aconteceu minutos antes, no bairro Lobato, que é vizinho do São
Caetano, ou seja, que faz fronteira um com outro.
“O bonde denominado Ajeita, grupo que domina a Capelinha, foi
até o Lobato, área dominada pelo Bonde do Maluco (BDM) e tentou matar um homem.
Em seguida, como resposta, o grupo subiu a pés pelas vielas que ligam os dois
bairros e chegaram a Capelinha e praticaram o ataque que deixou três mortos e
sete feridos”, explicou o major.
Um dos baleados morreu no
local e os outros seguem internados - Lara Maiana Oliveira Hungria, 19, em
estado grave. Já o baleado no Lobato também morreu, hoje, no Hospital Geral do
Estado (HGE). O nome dele não foi divulgado.
Um morador disse que ouviu os primeiros disparos e não mais saiu
de casa. O fundo do imóvel dá para a Península Itapagipana e Avenida Suburbana.
"Primeiro ouvimos os tiros que vinham lá de um campo de
futebol do Lobato. Menos de uma hora, um grupo de homens armados passou pela
rua exaltando a facção e dando tiro para cima. Dez minutos depois, ficamos
sabendo através das redes que havia pessoas baleadas. Na hora, corremos para
uma área da casa e só saímos hoje pela manhã, com a chegada da polícia",
relatou um dos moradores.
Ao todo, 10 pessoas foram baleadas: Rafael Cidade dos Santos,
que morreu no local, Kesia Santana Santos, 22 anos, Irlan Oliveira Silva, 27,
Ramon Silva Ribeiro, 32, Laerte Santos Pinheiro, 34, Caique Vinicios Santos
Gonçalves, 19, Lara Maiana Oliveira Hungria, 19, Alan Felipe Evangelista dos
Santos, 21, Lorena da Silva Andrade e um adolescente de 17 anos.
"Não quero nem lembrar. Estou em estado de choque. Acordei
com os tiros. Nunca vi aquilo. O único realmente envolvido foi o que morreu',
disse uma moradora.
Eles foram socorridos inicialmente
para a UPA de São Caetano e depois encaminhados para o Hospital Geral do
Estado, Hospital Ernesto Simões Filho e Hospital do Subúrbio.
Segundo informações da Polícia Civil, o crime teria sido
motivado por uma briga entre grupos criminosos. Testemunhas já estão sendo
ouvidas pela Polícia Civil desde a noite de terça. O caso está sendo
investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A Chacina no Uruguai
A chacina aconteceu na madrugada
desta quarta-feira (13), no bairro Uruguai em Salvador, onde deixou seis
pessoas mortas e 12 ficaram feridas após um grupo de criminosos armado atirar
contra pessoas que estavam em uma festa de rua. A festa acontecia na Rua
Voluntários da Pátria, em uma localidade conhecida como Pistão. Durante esta
manhã, a polícia identificou suspeitos de participarem da ação.
A
delegada Andréa Ribeiro, coordenadora do Departamento de Homicídios e Proteção
à Pessoa (DHPP), disse que as informações preliminares apontam que o ataque
armado começou a partir de uma briga entre pessoas que estavam na festa. Com
isso, um grupo armado passou a atirar contra outro, e pessoas que estavam no
meio do evento também foram atingidas. A delegada detalhou ainda que a
motivação da briga ainda está sendo apurada.

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