Um estudante de medicina é
investigado pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Jequié por
um esquema de pirâmide financeira que deixou um prejuízo milionário em seus
investidores. Os mais de 150 clientes da Safe Intermediações – que, por ironia,
tem a palavra 'seguro' no nome em inglês – foram lesados em ao menos R$ 7
milhões.
Ao longo das últimas semanas, dezenas
de investidores têm procurado a DRFR para denunciar o responsável pelo esquema.
De acordo com as investigações, o estudante conseguiu atrair clientes das mais
variadas classes sociais: um deles relatou ter colocado mais de R$ 700 mil na
possível pirâmide, julgando que os ganhos seriam lícitos e baseados em
investimentos reais.
Nos últimos meses, porém, o líder do
esquema passou a atrasar pagamentos e, por fim, parou de fazer as transações
financeiras para os clientes. O delegado Nadson Pelegrini, da DRFR, explicou
que o abalo resultante do esquema vai muito além do aspecto econômico.
"A sociedade jequieense foi
duramente impactada pela atuação desse senhor. Na verdade, o impacto não foi
apenas financeiro, mas também de ordem moral, até porque vários dos lesados são
pessoas conhecidas da sociedade: empresários, políticos, policiais... Ele não
escolhia as vítimas. Ele acabou lesando uma imensa gama de investidores",
declarou.
"Muitos desses investidores já
tinham conhecimento prévio acerca do mercado financeiro, mas acreditavam que
esse cidadão, por possuir conhecimento superior, iria proporcionar maiores
lucros e ganhos. Mas o resultado é que toda essa clientela, que se estima, de
início, ser de 150 pessoas, está amargando um prejuízo que beira os R$ 7
milhões, podendo ser descobertos mais valores no decorrer da
investigação", acrescentou o delegado.
Preliminarmente, o estudante pode
responder por estelionato, crimes contra a economia popular, contra o mercado
de capitais, contra a ordem econômica e contra o Sistema Financeiro Nacional.
Ele, assim como os clientes da Safe Intermediações, já estão sendo ouvidos pela
Polícia Civil.

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