Uma quadrilha envolvida com homicídios, tráfico de drogas e venda de armas em Camaçari, Lauro de Freitas e Salvador (mais especificamente em Itapuã e bairros adjacentes) foi desarticulada durante operação conjunta, deflagrada na última quinta-feira (2) e concluída no fim de semana, pelas Polícias Civil, através da 18ª Delegacia Territorial (Camaçari) e da Delegacia de Homicídios (Região Metropolitana de Salvador, e Militar, através do 12º Batalhão.
Moisés Luís Souza Araújo, 28 anos, Breno Lima de Freitas, 23, Ronílson Nobre Barbosa, 28, Idelfonso Vieira Caminha Neto, o “Fla”, 23, Márcio Silva Aquino, o “Cabelinho”, 36, e sua mulher, Dandara da Cruz Ferreira, 20, foram apresentados à imprensa, na manhã desta terça-feira (7), no auditório da Secretaria da Segurança Pública, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
Apontado como responsável por eliminar desafetos e pessoas que tinham dívidas com o bando, Moisés foi flagrado, na quinta-feira (2), na localidade conhecida como Piaçaveira, em Camaçari, duas horas depois de matar a tiros Carlos André Perlin Cruz, 40 anos, em frente ao ferro velho onde trabalhava, na rotatória do Mangueiral. Ele também é investigado pelo assassinato de Roberval Alexandre de Souza Filho, em 7 de março deste ano, homicídio, assim como o cometido contra Carlos André, motivado por dívidas de drogas.
Submetralhadoras artesanais
Em sua residência, Moisés escondia 20 quilos de maconha, distribuídos em 18 tabletes e cinco trouxas, 2 quilos de crack, entre pedras grandes e pequenas, meio quilo de cocaína, 25 quilos de ácido bórico, vários recipientes para acondicionar cocaína e uma balança. A partir da sua prisão, os policiais chegaram, no fim de semana, ao restante da quadrilha, localizada num imóvel, na Gleba C, Caminho I, também em Camaçari, onde foram aprendidas três submetralhadoras feitas artesanalmente, duas pistolas 9mm, uma carabina calibre 44 e dois coletes balísticos.
“Agora nossas investigações buscam localizar onde as três submetralhadoras foram confeccionadas e identificar quem está por trás desses artefatos”, revela o titular da 18ª DT/Camaçari, delegado Willian Achan, que atendeu à imprensa, nesta manhã, na companhia da delegada Maria Tereza Santos Silva, titular da DH/RMS, e do comandante do 15º BPM, tenente-coronel Piton. “A prisão dessa quadrilha vai reduzir os homicídios em Camaçari e Lauro de Freitas”, aposta Maria Tereza.
Gleba C
As apurações constataram que as armas e as drogas pertencem a Idelfonso Flá, que, até o dia 25 de abril, cumpria pena por tráfico, na Penitenciária Lemos Brito. Apontado como chefe da quadrilha, pretendia retomar a liderança na Gleba C e vinha se articulando com outros traficantes de Lauro de Freitas e da região de Itapuã, em Salvador. “Temos informações de que Flá estaria prometendo paz na comunidade, afastando os rivais e acabando com a disputa por pontos de droga”, disse o tenente-coronel Piton.
Na Gleba C, os policiais encontraram ainda no imóvel, oito celulares, duas CPUs, dois notebooks, um tablet, uma motocicleta CG 150, de cor preta, placa HCQ-4139, dois revólveres calibre 38, municiados, dez cartuchos (três de calibre 38 intactos e seis deflagrados e um de calibre 44), além de R$ 3,4 mil. Enquanto Moisés foi autuado por tráfico, porte ilegal de arma e homicídio, Flá, Breno, Ronílson, Cabelinho e Dandara responderão por porte ilegal de arma e formação de quadrilha. Todos aguardam transferência para o presídio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário