A violência dentro das escolas é algo que tem preocupado as autoridades em Feira de Santana. Depois de deflagrar a operação denominada “Paz nas Escolas”, com finalidade de conscientizar os jovens a não praticar atos de brutalidade e selvageria, o governo municipal vai intensificar suas ações nesse sentido. Uma delas é uma parceria entre as secretarias de Educação e Prevenção a Violência, que tem por finalidade retirar das unidades escolares qualquer tipo de arma considerada “branca”, ou jogo que incentive a violência.
Esta ação é considerada uma Campanha do Desarmamento Infantil, com o objetivo de promover a paz entre crianças e adolescentes. “Desde o início da operação foram apreendidas muitas armas. A ação continua diariamente e sempre somos solicitados por diretores e professores das unidades de ensino”, afirma Mizael Freitas, secretário de Prevenção à Violência.
O dirigente ressalta que além da questão educativa, a medida visa garantir a integridade física de alunos e professores. “Muitos estudantes justificam que portam estiletes para usar como lapiseiras. Mas não deixa de ser uma arma que pode ferir gravemente outro colega”, explica o secretário.
A operação Paz nas Escolas foi iniciada no mês passado e até o começo desta semana 70 armas brancas já haviam sido apreendidas. Dentre elas facas, estiletes, tesoura, revólver de brinquedo e um cachimbo, provavelmente para o consumo de crack.
Segundo o comandante geral da Guarda Municipal de Feira de Santana, Marcos Vinicius Alves dos Santos, além da apreensão, a Operação “Paz nas Escolas” também realiza palestras educativas. Ele acrescentou que durante as visitas às escolas, os guardas usam detectores de metais e fazem palestras orientando os alunos. “Essa operação foi motivada por denúncias de tráfico de drogas e ameaças de morte no interior das escolas. Precisamos conscientizar crianças e adolescentes. Os pais devem limitar essa liberdade desenfreada dada aos filhos”, destaca Marcos Vinicius.
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O dirigente lembra que a situação é geral. Ele relatou um episódio que ocorreu há poucos dias no Colégio Estadual Euricles de Matos, em Salvador, onde um garoto de 14 anos feriu o ombro do colega de 17 com um objeto cortante não identificado. “Não podemos deixar que atos como esses continuem. A operação é importante para coibir ações violentas e prevenir futuras tragédias, como a de Realengo- RJ, onde 12 crianças foram assassinadas dentro da escola”, ressalta.
Outro fato destacado pelo comandante foi o recente caso de um aluno de 11 anos, do colégio Ana Brandoa, que precisou do acompanhamento de duas viaturas para chegar a sua residência em segurança, pois estava ameaçado de morte por outro estudante.
Segundo o comandante, as armas apreendidas serão encaminhadas para a Delegacia do Adolescente Infrator. “Se por acaso a DAI não receber as armas, estas serão levadas ao Ministério Público. Com essa ação vamos alertar os estudantes que escola é local de aprendizado e não de violência. Peço aos pais que observem seus filhos e ensinem o caminho do bem, pois essas crianças são futuro da nossa nação”, explica.
FONTE: SECOM

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