Alunos da sétima série tiveram suas aulas paralisadas ontem à noite na escola estadual Lions Itapororoca no bairro da Mangabeira. O motivo da paralisação das atividades foi um caso de agressão verbal e ameaça de morte feita por um aluno de apenas 16 anos que não aceitou ser chamado à atenção pela professora do noturno. A direção acionou a polícia através do serviço 190, mas ninguém se dirigiu ao local.
De acordo com um funcionário da escola, foi prestada uma queixa junto á Diretoria Regional de Educação (DIREC) solicitando mais segurança na escola por não possuir nenhum vigia à noite e ficar a mercê de marginais. “A falta de segurança é muito grande aqui, a diretora teve que voltar acompanhada de policiais por medo de retaliação por parte do aluno agressor, estamos com medo dessa situação”, afirma o funcionário, o qual não quis se identificar.
Além de prestarem queixa junto ao órgão competente, a escola cancelou a matrícula do estudante que se recusou a aceitar sua expulsão. “A professora disse que iria continuar aqui, ela foi transferida para o turno da manhã, pedimos também a visita da ronda policial principalmente à noite”, informa o funcionário.
Casos como esse são comuns em escolas da rede estadual e municipal de Feira de Santana. A maioria dos casos registrados são agressões físicas e ameaças de morte entre alunos e para com os professores que muitas das vezes evitam reclamar os alunos por medo.
Há 11 anos atuando no ramo de ensino, a vice diretora Edvania Magalhães da escola estadual Hilda Carneiro afirma que rixas entre colegas são constantes a ponto de ferirem uns aos outros gravemente. O tráfico de drogas também colabora para o aumento da criminalidade nas escolas. “Pessoas de fora com frequência pulam o muro da escola para oferecer drogas aos alunos, isso é constante não só aqui como em todas as escolas da rede estadual e municipal”, afirma Edvania.
Ainda de acordo com a vice diretora, a falta de estrutura familiar a as influências externas são a principal causa dessa situação. “Precisamos da ajuda dos pais dos alunos para conter a violência nas escolas de Feira diminua, para isso estamos sempre mantendo diálogo com ele e com os próprios alunos a fim de coibir tais atos”, informa a professora.
Segundo Liranne Lins Braga, vice diretora do Centro Integrado de educação Municipal Professor Joselito Amorim, alguns casos de agressão já foram registrados na escola desde que ela assumiu o cargo há um ano. “Já tivemos casos sim, mas nada no nível do que aconteceu no Rio de Janeiro, procuramos estabelecer um diálogo com a família e os estudantes a fim de coibir essas ações que só prejudicam o ensino”, disse a professora.
O Secretário de Educação do Município, José Raimundo Azevedo, informou que foram disponibilizados guardas municipais nas escolas da rede municipal. “Esperamos coibir a violência e por isso investimos em mais segurança para as escolas municipais de Feira de Santana”, afirmou o secretário.
Informações: Folha do Estado
2 comentários:
O que acontecem nas escolas de Feira, da Bahia e do Brasil não é novidades pra ninguém, eu por exemplo mim formei em meados do ano 2000. A violência na escola já era absurda. Com a inicialização das drogas com facilidades por partes daqueles que não queria nada a não ser praticar o mal a qualquer que seja no espaço escolar. Fico imaginando os dias de hoje, com o crack tomando conta de meninos e meninas de todas as classes sociais etc. Professores vocês precisam muito da ajuda divina pra continuar exercendo essa profissão tão sofrida e horrivelmente mal remunerada. E aos homens públicos dessa terra chamada BRASIL. Revejam todo o processo, pois o sistema pode estourar a qualquer momento. A ponto da profissão do PROFESSOR ser eximida do mapa. Que ninguém vai querer se “matar” tanto de estudar, fazer faculdades etc. Pra depois ir pra uma sala de aula ser ameaçada por pivetes e pivetas que não querem nada com a hora do BRASIL. Eu o boca de 09...
O culpado de tudo é o sistema, e os seus governantes, que protegem os maginas. Que por lei não pode ser chamado de maginal, por ser de menor.Ora até quando vai continuar assim? As vezes pensso que a ditadura seria melhor.
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