A operação conjunta das Polícias Civil e Militar iniciada na madrugada desta sexta-feira (25) no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador, continuará nos próximos dias. Segundo informações da assessoria da Secretaria de Segurança Pública, cerca de 900 policiais continuam ocupando o Nordeste, com o objetivo de cumprir 30 mandados de prisão e apreender drogas, armas e veículos utilizados na logística da quadrilha de tráfico de drogas que atua na região.
Os trabalhos tiveram início durante a madrugada e já provocaram a morte de três suspeitos, um deles identificado como o traficante "Camisinha". Luiz Fernando Anunciação da Cruz era líder de uma facção responsável pelo comércio de entorpecentes em Salvador e Região Metropolitana. Os presos e material apreendido serão encaminhados para o Departamento de Narcóticos, localizado no Complexo Policial dos Barris.
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Camisinha era o terror do Nordeste de Amaralina |
Com o apoio da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública, a ação se estende também para os bairros de Santa Cruz, Chapada do Rio Vermelho e Vale das Pedrinhas. Além das incursões, foram montados bloqueios, onde estão sendo realizadas abordagens a veículos (automóveis e motocicletas) e a transeuntes. Cerca de 100 mil pessoas vivem na região.
Assim como aconteceu no Rio de Janeiro, a polícia baiana solicita à população que ajude os trabalhos com denúncias que levem a esconderijos de armas e drogas na região. Sem precisar se identificar, os moradores podem fazer o contato através do disque denúncia 3235-0000.
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Calabar ganhárá uma UPP |
Ficha Criminal de Camisinha
Camisinha é filho de um sargento da PM, apelidado de Luizão e que, segundo as investigações, contribuía com as ações criminosas. Ele, que já havia sido preso por prática de roubo e autuado pela 7ª Delegacia (Rio Vermelho), comandava a maior parte das “bocas de fumo” do Nordeste de Amaralina – compreendendo as localidades de Vila Verde, Boqueirão, Areal, e Vale das Pedrinhas - após ter herdado os pontos do traficante Val Bandeira.
Além do envolvimento no tráfico de drogas e em vários assaltos, era autor de diversos homicídios, ficando bastante conhecido por ter participado da “Chacina de Itinga”, ocorrida em outubro do ano passado.
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Casal de policiais foram assassinados a sangue frio |
Policiais são baleados na região
Um policial militar foi baleado na noite da última segunda-feira (21) no bairro do Nordeste de Amaralina. Edvaldo Santos de Jesus, de 41 anos, foi baleado quando realizava uma ronda preventiva na região. O disparo veio do alto e atingiu o policial na cabeça. A bala atravessou o rosto da vítima e ainda lhe feriu no ombro. Edvaldo perdeu a visão do olho direito.
Policiais mortos
Apenas este ano, sete policiais já foram assassinados na capital baiana. O primeiro caso aconteceu em janeiro, quando o agente Joseval Tosta Bispo, de 42 anos, foi morto dentro da delegacia da Boca do Rio por um tiro disparado acidentalmente por um colega. No mês de fevereiro, Robertson Freitas Pereira, 44 anos, foi morto por marginais no Viaduto de Candeias.
Neste mês de março, Valmir Borges Gomes foi morto por colegas da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) quando, supostamente, realizava uma extorsão contra um jovem encontrado com drogas. Na Ilha de Itaparica, o agente Wilson Magalhães da Silva estava em uma casa de veraneio, em Ponta de Areia, quando foi assassinado por assaltantes.
Também durante um assalto, no último dia 22, o policial militar João da Silva Rodrigues, de 44 anos, foi executado por bandidos. Ele estava indo buscar o bolo de aniversário do filho quando foi abordado pelos marginais no bairro da Liberdade. A última ocorrência foi registrada na Via Regional, na noite do último dia 23, quando o sargento Arginoel José da Silva, 35 anos, e a soldado Sara Reis dos Santos, 31 anos, que estavam separados, foram executados dentro de um carro na frente do filho de nove anos.
Intensificação do policiamento
A polícia informou que a ação desta sexta-feira se trata de uma intensificação de policiamento na área para viabilizar o cumprimento dos 30 mandados de prisão. Apesar do grande número de policiais que atuam na operação, a cúpula da polícia afirmou que não se trata de um primeiro passo para a instalação de uma Unidade de Polícia pacificadora (UPP) na região do Nordeste de Amaralina.
Ainda segundo a polícia, o primeiro bairro a receber o projeto será o Calabar, onde o anúncio da entrada da polícia já criou um clima de tensão. Os criminosos que atuam na área já mandaram o aviso: “‘Vão devagar!’ Foi esse o recado que recebemos. Eles estão com medo da megaoperação que vai ser feita aqui nos próximos dias”, contou um morador do bairro, que pediu para não ser identificado.
O direito de ir e vir com segurança pelas ruas da região é definido como um “sonho” por moradores que, no centro da rivalidade entre traficantes, aguardam com otimismo e preocupação a implantação da primeira Base Comunitária de Segurança, a versão baiana da UPP.
Combate ao crime provocou mudanças nas titularidades das delegacias
Foram 30 mortos só no primeiro fim de semana do ano. Um novo secretário da Segurança foi nomeado para a pasta mais criticada do governo estadual. Dias depois, uma pesquisa aponta Simões Filho como a segunda cidade mais violenta do país. Para reverter a maré de más notícias, o secretário da Segurança Pública, Maurício Telles Barbosa, e o delegado geral da Polícia Civil da Bahia, Hélio Jorge Oliveira Paixão, anunciaram a maior dança de distintivos já vista no estado.
A Secretaria de Segurança Pública alteraram as titularidades em 26 delegacias de Salvador, Região Metropolitana e polos do interior, como Feira de Santana, que teve seu delegado substituído, e Serrinha, onde não há mais delegado nomeado. Ao todo, 13 delegados que estavam à frente de alguma unidade da Polícia Civil perderam o cargo e ficaram fora do novo mapa de delegacias. Suas vagas foram assumidas por delegados plantonistas.
A justificativa mais citada para o troca-troca é que, a mudança era necessária para quebrar a rotina, já desgastada, que a corporação vinha mantendo. A ideia, segundo um agente lotado na Delegacia Geral da Polícia Civil, é misturar os grupos, evitar o fortalecimento de ‘panelinhas’, e criar novas rotinas na investigação, visando a redução dos índices de criminalidade, principalmente o número de homicídios.
Fonte: Correio 24 horas /Fotos Correio 24 horas e atarde online
2 comentários:
É isso que a policia da Bahia tem que fazer, em Salvador, Feira, Juazeiro etc. Temos que mostrar pra os bandidos que existe policia aqui no estado. Invadir mesmo, aqui em Feira, por exemplo, ta na hora de acabarem essas palhaçadas de Rua nova, Baraúnas, Queimadinha etc. Espero em Deus que o secretário fique sabendo que existem esses "bichos soltos" aqui e venha pra derrubar tudo. Bandido bom é bandido morto. E tem que vim de surpresa, porque infelizmente existem umas situações complicadas quando avisa com muita antecedência. Isso já aconteceu em Feira em tempos passados, pra pegarem um bicho solto do jardim cruzeiro ou baraúnas não mim lembro no momento, o COE de salvador teve que vim de surpresa porque quando avisava, nunca dava certo. Esse secretário veio pra mostrar serviço. Felizmente como ele sabe que as cadeias estão super lotadas, ta resolvendo de outra maneira. Que por sinal acredito que seja bem melhor, cortando o mau pela raiz... UM FEIRENSE QUE SONHA EM VIVER DIAS MELHORES NA SUA CIDADE, EM SEU ESTADO E NO SEU PAÍS.
PARABÉNNNNNSSSSSS para a polícia, esses vagabundos ordinários q estão ai dizimando as fámilias teem q ser coratados np aço mesmo.Agora camisinha vai tocar terror no inferno, vai filho da puta, fazer terror com satánas. ele tá te esperando. obrigada!! para o policial q tirou esse vagabundo miséravel de circulação, tem q fazer o mesmo com os comparsas desse vagabundo. colocar um bicho desse no presidio pra nos dar mas desespesa, tem q da pra a fámilia dele com o funeral. muito obrigada mesmo policiais, esse é o caminho. um graande abraço pra todos vcs.
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