Sete horas depois de terem assaltado, na manhã de quinta-feira (10), a agência do Banco do Brasil do município de Lagoa Real, distante 612 quilômetros de Salvador, na região sudoeste, três ladrões foram presos por uma equipe de 15 investigadores da 22ª Coordenadoria Regional de Polícia (Guanambi ), comandada pelo delegado coordenador, Fabiano Aurich. Alan Pereira Santos, 27 anos, Adriano Nunes da Cruz, 31 e Diego Salviano Dias Dinis, 18, este autor do disparo que matou o segurança Permínio Duca Costa, foram localizados em um sítio da mãe de Adriano, Maria Luiza Nunes da Silva, 57, também capturada, por ter guardado parte do dinheiro roubado.
O assalto à agência bancária ocorreu por volta das 9h40min, quando os três homens, armados com revólveres, chegaram ao estabelecimento em duas motocicletas. Diego disparou um tiro que atingiu e cabeça do vigilante Permínio Duca Costa, apesar de a vítima não ter esboçado qualquer reação. O segurança chegou a ser conduzido para o hospital de Guanambi, onde morreu ao receber atendimento médico. Os ladrões recolheram o dinheiro das gavetas dos caixas e fugiram.
A polícia apurou que Diego, nascido de Juazeiro, Adriano, natural de Lagoa Real e Alan, nascido em Medina (MG), seguiram após o roubo para a zona rural de Lagoa Real, onde planejavam permanecer por cerca de três dias. Posteriormente, fugiriam para São Paulo, onde residiam e planejaram o assalto à agência bancária na Bahia.
Investigadores da 22ª Coorpin, coordenados pelo delegado Fabiano Aurich e pelos também delegados Luís Claudio Assis (titular do município de Malhada), Wagner Marinho (titular de Lagoa Real e Caetité) e Arilando Botelho (de Caetité) localizaram os ladrões a 30 quilômetros da sede do município de Lagoa Real, em uma estrada vicinal (sem pavimentação). A ação contou com o apoio de policiais militares de Guanambi e Brumado.
Tiros
Os três assaltantes tentaram reagir trocando tiros com os policiais, que conseguiram dominar e prender inicialmente Alan e Diego. Entretanto, Adriano conseguiu romper o cerco, disparando contra a equipe e embrenhando-se no matagal, sendo capturado posteriormente, por volta de 1h30min da madrugada.
Com os bandidos foram encontrados dois revólveres calibre 38, municiados. Alan e Diego alegaram que parte do dinheiro havia sido guardado em um curral, durante a tarde e que após ouvirem vozes na área fugiram e se esconderam na mata. Declararam também que ao retornarem ao curral não encontraram mais o dinheiro.
Alan e Diego informaram que o comparsa Adriano esteve na casa da mãe, Maria Luíza, após o assalto, tendo deixado com ela outra parte do dinheiro. No sítio de Maria Luiza os policiais desenterraram um saco plástico contendo dois pacotes com 40 cédulas de R$ 50,00, totalizando R$ 2 mil.
A mãe de Adriano não indicou o paradeiro do filho, mas outros parentes apontaram o esconderijo e o assaltante acabou se entregando a policiais militares no início da madrugada. Por volta das 4 horas, Adriano foi apresentado na sede da 22ª Coorpin. Os investigadores concentram esforços para encontrar o restante do dinheiro subtraído e as armas dos vigilantes do banco.
Ao serem autuados em flagrante, Alan, Diego e Adriano declararam ter chegado de São Paulo em 28 de janeiro para assaltar o BB em Lagoa Real. O crime vinha sendo planejado desde novembro do ano passado, segundo os bandidos, que negam participação em outros assaltos ocorridos recentemente na Bahia.
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