Prefeitura Municipal de Feira de Santana

Filha simula seqüestro para tomar 4 Mil do próprio pai

Raimundo Nivaldo Silva, 58 anos, residente na rua T, bairro Aviário compareceu no Complexo Policial Investigador Bandeira, há três dias registrando o seqüestro de uma filha (Ritângela Oliveira Silva, 20 anos). Ele procurou a polícia para denunciar que uma filha tinha sumido e vinha recebendo ligações ameaçadoras exigindo que pagasse R$ 4 mil pelo resgate dela. Os envolvidos foram identificados como: Carla Figueiredo Bastos, 18 anos, residente numa vila de quartos na Rua Papa João XXIII, no Tomba, a irmã de 15 anos e o negociador de iniciais V.P, de 16 anos, que durante os telefonemas fazia ameaças com palavrões e que agiria com muita violência, além de Ritângela Oliveira Silva, 20 anos.


Os quatro foram ouvidos na delegacia
O coordenador da Polícia Civil, Fábio Lordello desconfiou e designou uma equipe para investigar o suposto sequestro. Acreditando que se tratava de uma farsa, a polícia passou a negociar com os "sequestradores" para ganhar tempo. O delegado Lordello informou para nossa reportagem que as ligações eram feitas para o celular de Raimundo e descobriram que Ritângela Oliveira forjou o próprio sequestro e usava um menor para negociar por telefone, exigindo o dinheiro e fazendo ameaças.
Ritângela confessou ter forjado o próprio seqüestro
" Os sequestradores queriam R$ 4 mil para que a filha do senhor Raimundo fosse liberada e ameaças de torturas e até de morte foram feitas por telefone pelo menor de 16 anos ", afirmou o coordenador.
durante o sequestro, a polícia instruiu o pai (Raimundo) da jovem a não pagar o resgate e no final da tarde de quinta-feira (3) Ritângela teria ligado para a família informando que foi liberada, mas na delegacia, após ser interrogada confessou toda a farsa. Disse que era um jogo de cena para conseguir dinheiro do pai para sustentar o vício em drogas e denunciou seus parceiros.

Raimundo pai de Ritângela
FRIEZA
Durante entrevista ao repórter Denivaldo Costa, Ritângela demonstrou muita frieza e nenhum arrependimento em querer arrancar dinheiro do próprio pai que tem como renda mensal aproximadamente R$ 600.
" Eu não devo a ninguém e todo o mudo sabe de tudo e não pode negar, mas eu fui a autora do plano", confessou a filha.
Ela não titubeou em denunciar os comparsas da trama. " O dinheiro seria divido em R$ 1 mil para cada um, mas eu não forcei ninguém a fazer nada ", disse Ritângela.
Questionada se estava arrependida a acusada respondeu friamente: " Eu não sou a primeira e não serei a última. Atrás de mim vem muitas, eu não abri e nem fechei a porta do mundo para ninguém ".

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Uma parceira de Ritângela informou que ela alegou que devia a traficantes, mas os fatos ainda não foram confirmados pela polícia. " Ela chegou em minha casa informando que estava sendo ameaçada por um traficante ", disse a menor de 15 anos.
O menor V.B,de 16 anos, que se passava por negociador e que tocava terror nos telefonemas também foi ouvido na delegacia. "Eu fumo crack e ela me obrigava a fazer as ligações para ameaçar o pai dela e me dava uma pedras (crack) como forma de pagamento, além de 5 reais.

Momento em que os quatro acusados chegam a delegacia

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