Jovem encontrado morto em Mantiba é identificado

O jovem Alan Pereira Passos, 19 anos, que residia na Travessa Ceará, Rua Nova, foi encontrado morto na manhã de ontem, na estrada da Mantiba, distrito de Jaíba. O corpo apresentava várias perfurações de arma de fogo em diversas partes.

Moradores da localidade afirmaram que nunca tinham visto a vítima pela região e que, provavelmente, o adolescente foi raptado em outro local e levado para Mantiba, onde foi executado. Ao lado do corpo do jovem a polícia encontrou um cachimbo e uma caixa de fósforos.

O corpo de Alan foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT). Na tarde de ontem, familiares da vítima compareceram ao DPT e fizeram o reconhecimento do corpo, que estava ignorado durante toda a manhã.

Emocionada, a dona de casa Silvanir Pereira Passos, mãe do jovem, afirmou para a reportagem que ele tinha envolvimento com drogas e pequenos furtos. “Fiz de tudo para tirar ele das drogas. Eu conversava com ele o tempo todo, mas ele não me ouvia. Eu falava: ‘Meu filho, deixe esse crack que eu lhe dou tudo, eu ajudo você a viver normal como qualquer outra pessoa de bem, por favor, deixe esse crack’”.

Alan foi assassinado com vários tiros

Silvanir diz não saber a quem atribuir o assassinato de seu filho. “O pior é que a gente não tem ideia de quem fez isso com ele, porque todo mundo queria matá-lo, inclusive já tentaram isso algumas vezes. Certa vez, ele recebeu um tiro no braço e ficou em minha casa, em São Gonçalo dos Campos. A gente pensava que ele ia deixar essa vida, mas, que nada, ele voltou pro crack. Eu e minhas filhas fizemos de tudo para ele ser um cidadão de bem, mas ele preferia essa vida de cão”, desabafou a dona de casa.

Um familiar da vítima, que não quis ser identificado, disse para a reportagem que “traficantes davam crack para ele vender, sabendo que ele iria fumar o crack, só para depois matar ele”. Ainda segundo o mesmo familiar de Alan, “uma vez deram mais de seis tiros nele e nenhum acertou”.

O crime será investigado pelo Serviço de Investigação da 2ª Delegacia.

Silvanir: “O pior é que a gente não tem ideia de quem fez isso com ele, porque todo mundo queria matá-lo”