Governo do Estado

Diretor do DPT pede agilidade para liberar corpos carbonizados

O diretor do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana, Rogério Serafim afirmou para o repórter Denivaldo Costa que os corpos das crianças que morreram em um incêndio no bairro do Tomba serão submetidos a exames de DNA no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, em Salvador.
O problema é que o DPT de Feira não reúne os meios técnicos necessários para tais procedimentos, o que vem provocando transtornos e reclamações da população. " O resultado deste exame só é liberado entre 3 e 6 meses, devido a grande demanda de solicitações de toda a Bahia ao órgão em Salvador, mas eu fiz um pedido pessoal à direção geral, para que fosse feito em caráter de urgência nestes exames para que haja a liberação dos corpos para os sepultamentos ", informou Rogério. Acrescentou que está cumprindo o seu papel na polícia técnica e que não pode abrir precedentes, porque é lei.
Rogério Andrade: “Pedir agilidade nos exames para que os corpos sejam sepultados”
Enquanto a burocracia e falta de interesse das autoridades imperam, as famílias padecem na porta do DPT de Feira de Santana, e os funcionários do órgão sofrem as críticas sem poder fazer nada. Pela sua grandeza e importância, Feira de Santana já merece um DPT com o mínimo de equipamentos necessários, e não paliativos que o governo do estado oferece de vez em quando. Resta esperar pelos exames de DNA, para que os corpos das crianças sejam sepultados dignamente

A TRAGÉDIA
Na manhã de segunda-feira (27), no bairro Tomba, uma residência localizada numa vila de casas na Rua Evandro Cardoso pegou fogo. Duas crianças, uma de seis outra de dois anos, morreram carbonizadas

As crianças foram identificadas como Cristiano Crispim, 6 anos, e Cleidson Gustavo da Cruz Silva, 2 anos. Familiares afirmaram para a reportagem que os pais, Cristovam Crispim Santos Silva e Fabiane Evangelista saíram para trabalhar, deixando as duas crianças com o irmão de 10 anos, mas o irmão saiu e deixou as crianças sozinhas. “Ninguém sabe como foi que a casa pegou fogo”, afirmou um dos familiares das vítimas.

Os dois corpos foram encontrados debaixo dos escombros, na cozinha da residência.

A tragédia aconteceu em uma residência onde duas crianças morreram carbonizadas
TENTATIVA DE SOCORRO

Erivaldo Evangelista, tio das duas crianças que morreram carbonizadas, afirmou para a reportagem que, juntamente com mais 4 vizinhos, tentou salvar as crianças, mas não conseguiu. Emocionado, Erivaldo disse ainda que fizeram “de tudo para salvar eles”, mas a porta e a janela estavam trancadas com uma grade de proteção e, por isso, demoraram a arrombar. “Ouvimos o tempo todo eles gritando: ‘socorro, vovó; socorro, vovó, está queimando’, aí ficamos mais desesperados ainda. Quando arrombei a janela, o fogo veio todo para cima de nos, eu ainda me cortei com pedaços de vidros da janela, mas, quando conseguimos arrombar a grade da porta, o fogo já havia tomado toda casa e eles já estavam mortos”.

Carlos Nascimento, vizinho das crianças, afirmou para a reportagem que o fogo se alastrou rapidamente e destruiu todo o interior da residência. Emocionado, contou que as crianças gritavam muito por socorro. “Não conseguimos fazer nada por eles. Éramos 4 e juntamos nossas forças, mas não conseguimos abrir a grade a tempo e salvar as duas crianças”.

Tio das crianças fez de tudo para salava-los, mas não conseguiu

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