Dupla é presa tentando aplicar golpe no INSS

Ao prender Josenildo Ramos Messias, 34 anos, na última terça-feira (21), na agência da Caixa Econômica Federal (CEF), em Alagoinhas, policiais da 2ª Coorpin (Coordenadoria Regional de Policia) evitaram um prejuízo, só naquele dia, de mais de R$ 120 mil aos cofres do INSS. Integrante de uma quadrilha especializada em falsificar documentos trabalhistas para sacar de forma ilícita recursos da instituição, Josenildo estava acompanhado do pedreiro Agripino Rodrigues dos Santos, 63 anos, um provável “laranja”, que também foi preso.Segundo o coordenador regional da 2ª Coorpin, delegado Ricardo Esteves Brito Costa, os policiais de Alagoinhas estão há cinco meses investigando as ações dessa quadrilha, que já teria conseguido lesar o INSS em uma quantia superior a R$ 600 mil em todo esse período na rede bancária local. O golpe aplicado pelos bandidos consiste em utilizar documentos de “laranjas” e, de posse deles, dar entrada no INSS como se estas pessoas tivessem sido demitidas há mais de um ano, conseguindo, com isso, o direito a retirar o PIS.SubornoO delegado Brito Costa disse também que, no momento da prisão, Josenildo tentou subornar os policiais para liberá-lo do flagrante, oferecendo em troca uma motocicleta CG 125 FAN, placa JMZ 7157, e mais uma quantia em dinheiro. Em seu poder, além da motocicleta, foram apreendidos um Fiat Uno, placa JME 7765, vários celulares, cartões bancários, documentos diversos em nome de terceiros, formulários trabalhistas, oito declarações de RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), uma no valor de R$ 90 mil e outra de R$ 30 mil, que seriam sacadas na data da sua prisão, e muitas carteiras de trabalho.As primeiras informações colhidas pelos policiais de Alagoinhas depois da prisão indicam que o grupo é bem maior do que se imaginava. Há indícios de que outras pessoas estejam utilizando o mesmo tipo de golpe aplicado por Josenildo para sacar valores do INSS junto à rede bancária local. As investigações continuam e agora serão intensificadas a partir dessas prisões. Josenildo e Agripino foram autuados em flagrante por corrupção ativa, falsificação de papéis públicos e petrechos de falsificação – fabricar, fornecer ou guardar objetos destinados à falsificação de documentos.