Prefeitura de Feira de Santana

Desabafo de um delegado após assassinato de colega

Cleiton Leão foi assassinado covardemente
Policiais civis de toda Bahia, principalmente os delegados titulares, se revoltaram com o assassinato do delegado Cleiton Leão. Vários delegados titulares de Salvador e de outras cidades da Bahia se deslocaram para o município de Camaçari para ajudar nas buscas dos bandidos que assassinaram o delegado.
Um delegado titular da Polícia Civil da Bahia, que não quis ser identificado, temendo represália do crime organizado, da política e da justiça, falou sobre o caso para a reportagem do jornal Folha do Estado. Segundo ele, ninguém fala realmente de quem é a culpa do crescimento da violência em nosso país. “Não estou aqui para defender governador nenhum, mas essa Lei que institui que a Segurança Pública é dever do Estado tem que acabar. Essa lei está caduca. Na época em que o Código Penal Brasileiro foi criado, a população era muito inferior da de hoje. Os políticos têm que se esquecer de partidarismos e mudar essa lei caduca, endurecendo as leis e cobrindo as brechas que permitem, hoje, que integrantes de crimes organizados não fiquem presos”, disparou.
Para o delegado, a segurança pública esta banalizada há décadas. Ele é da opinião de que a sociedade, os políticos e também a imprensa, todos nós, temos que nos unir. “Porque, enquanto os políticos continuarem usando os números de registros de homicídios como instrumento político, para jogar pedra no telhado do governador atual e como munição para usar durante a eleição, registraremos um número de homicídio cada vez maior a cada ano”. Ele complementou a sua crítica afirmando que, nesse momento, “os políticos têm a obrigação de mudar essa lei caduca e endurecer as penas dos crimes cometidos por indivíduos”.
O delegado titular também não poupou artilharia contra a imprensa. “Eu tenho 20 anos de profissão e poucas vezes presenciei alguém da imprensa fazer críticas à justiça. Ela deveria questionar a justiça quando esta solta um bandido que foi preso em flagrante após cometer algum delito. O máximo que a imprensa faz é comentar”.
Provocador, ele afirma que já viu muito radialista usar os microfones para fazer política. “Poucos cobram melhorias na segurança publica ou em outra área”.

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