A situação do comerciante Ivo Ferreira Lima, 58 anos, preso acusado de explorar sexualmente duas adolescentes, continua pendente. Mesmo as duas jovens tendo comparecido a delegacia para prestarem um novo depoimento o inocentando das acusações a situação só deve mesmo ser solucionada pela Justiça. A delegada Márcia Pereira, titular da Delegacia do Adolescente (DAI) confirmou que todo o procedimento policial foi feito de acordo com a lei e agora o caso será remetido à Justiça que deverá se pronunciar posteriormente.
De acordo com a delegada Márcia Pereira, a Polícia Civil fez nada mais do que o seu papel, ao se deslocar até o George Américo e efetuar a prisão do comerciante Ivo Ferreira Lima. “Atendendo a uma denúncia os policiais foram até local, onde funciona um bar e lá encontraram algumas irregularidades: as meninas estavam escondidas embaixo da cama e ao levantarem o colchão, os agentes encontraram uma arma de fogo. Só aí já cabia o flagrante por posse ilegal de arma. Uma das menores estava vestindo um sutiã e a outra estava trajando uma camisa do acusado. Elas foram conduzidas a delegacia onde prestaram depoimento na presença de suas respectivas mães”, disse.
Segundo a delegada a lei determina que seja tomado os depoimentos na presença dos responsáveis, que por sua vez também foram ouvidas. “As mães informaram que as filhas passaram a noite fora de casa e estavam desaparecidas. Uma as genitoras chegou a relatar que desconfiava do envolvimento de sua filha com o acusado porque ele teria lhe dito, certa vez, que gostava de garotas novas e dava a elas dinheiro e outros objetos”, relata.
A autoridade policial informou que foram apreendidas: uma caixa do remédio Pramil, que ele teria feito uso de um comprimido; duas camisinhas, sendo que uma delas estava intacta e a outra usada; um pecado de papel higiênico com desenhos obscenos.
Márcia Pereira confirmou que Ivo Ferreira Lima foi autuado em flagrante por exploração sexual, posse ilegal de arma e ameaça. “Uma das meninas disse em depoimento que foi ameaçada pelo acusado com uma faca pelo fato dela estar vestida com sua camisa. Inclusive, ao vir prestar declarações ela trajava esta peça de roupa. Então os fatos foram comprovados com o embasamento jurídico e fático, ou seja, a atividade da polícia foi desenvolvida como manda a lei”, observa.
A delegada afirmou que se alguém se mostrou insatisfeito com o procedimento e argumenta alguma irregularidade, que procure contestar. “Tudo foi feito como deveria ser e se existe a contestação, que se procure o Ministério Público ou a Justiça porque nós fizemos a nossa parte e estaremos remetendo todo o procedimento para a Justiça, que deve se pronunciar posteriormente”, argumenta Márcia Pereira.
Márcia Pereira: “tudo foi feito dentro da lei e agora cabe a Justiça se pronunciar sobre o caso” |
SURPRESA
Para a delegada Márcia Pereira causou surpresa o fato das menores terem comparecido à delegacia para prestar um novo depoimento, acompanhadas do advogado do comerciante Ivo Ferreira. “Este fato foi estranho, porém não me causou surpresa o fato delas relatarem esta situação. Inclusive uma delas disse aqui estava preocupada com o dinheiro que tinha para receber porque ele teria prometido R$ 50, sendo R$ 25 para cada uma, para fazer um programa. Disse ainda que iria procurar uma irmã do acusado, para cobrar, pois ela tinha conhecimento da situação. Tudo isso está comprovado em depoimento, em ocorrências policiais, estamos concluindo o inquérito que será remetido para o juiz analisar”,alegou
HOSPITAL
Ivo Ferreira Lima, 58 anos ainda permanece internado no Hospital Geral Cleriston Andrade (HGCA), após ser espancado por presos da Carceragem do Complexo Policial Investigador Bandeira na madrugada de terça-feira (5). Ivo teve fraturas pelo corpo principalmente nas costas e ainda teve o pulmão afetado.