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Traficante Liu foi preso em flagrante |
A tragédia aconteceu na madrugada de ontem (2), na frente de uma residência, situada na Rua Costa Azul, no bairro Conceição, quando o vendedor de cafezinho Quintino Pereira da Silva, 78 anos, saia de casa com destino ao Centro da Cidade para começar a labuta diária.
Como de costume, suas filhas Maria Lúcia Pereira da Silva, 43 anos, e Maria da Glória Pereira da Silva, 55, iam levá-lo até o ponto de ônibus, já que o mesmo saía às 4h30 para ganhar o pão de cada dia.
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Local onde ocorreu o duplo homicidio |
Quando, de repente, surge Elilson dos Santos Carneiro, o Lio, 38 anos, genro do Sr. Quintinho e acusado de tráfico de drogas, aproximou-se do sogro e das duas cunhadas e o pior aconteceu. Com um revólver, calibre 38, Elilson fez vários disparos em direção aos três.
Nunca mais Quintino e uma das filhas, Maria Lúcia, passariam por aquele lugar outra vez. Eles não resistiram e morreram no local. Já Maria da Glória, baleada com um tiro no peito, foi socorrida e levada para o Hospital Geral Cleriston Andrade (HGCA).
O acusado de tráfico achou pouco e partiu para cima de outros familiares, mas foi impedido por Danilo Pereira da Silva, filho de Maria Lúcia, que atirou uma tijolada acertando a cabeça do acusado, no momento em que Elilson deflagrava outro tiro em Maria Lúcia.
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Irmão de Quintino |
Segundo Maria Aparecida, companheira do acusado, filha e irmã das vítimas, afirmou para a reportagem que os dois teriam se desentendido na noite anterior. “Como já era de costume, ele me espancou, aí depois que brigamos eu sair de casa e fui para residência de uma colega, aí ele pensou que eu estava na casa do meu pai, como eles já se desentendiam por causa das agressões que eu sofria, discutiram mais uma vez, e como ele (Liu) estava armado começou atirar no meu pai e nas minhas irmãs”, declarou Aparecida.
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Maria Aparecida:
“Ele me agredia bastante e sempre falava que se eu saísse de casa, ele mataria toda a minha família” |
Ela afirmou ainda que certa vez ele tentou matá-la com uma faca. “Ele me agredia bastante e sempre falava que se eu saísse de casa, ele mataria toda minha família e, também, se eu o entregasse para polícia, ele não ficaria preso, já que tinha muito dinheiro na conta e guardado em outros locais, e também mataria toda minha família assim que saísse da prisão. Ele já quebrou dois dentes meu. Eu não tinha para onde ir, já que meus familiares residem na frente da casa e do restaurante da gente, como era que eu ia fugir, ou entregar ele para polícia?!”.
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Restaurante de fachada segundo Maria Aparecida |
A PRISÃO
O sargento J.B da 66ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) afirmou para reportagem que após o crime a Central de Polícia nos informou do acontecido, imediatamente duas viaturas se deslocaram para rua Costa Azul, local onde os corpos estavam caído. “Quando estávamos no local do crime, recebemos uma denúncia que o traficante se encontrava em uma residência, na localidade Parque Brasil, onde o prendemos em flagrante, após 30 minutos dos crimes”, afirmou o sargento.
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Sargento J.B da 66ª CIPM |
Na delegacia, Elilson afirmou para reportagem que estava fazendo uso de drogas e bebidas alcoólicas. “Rapaz, eu estava cheirando um pó e bebendo uma vodka, depois aconteceu um tiroteio, os caras começaram a deflagrar tiros, eu entrei no meio, fiz de tudo para não matarem meu sogro, mais atiraram nele, depois me deram uma rasteira cair e estou todo quebrado”, afirmou Elilson.
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Liu ainda sob efeito de Cocaina afirmava que teria acontecido um tiroteio e que o mesmo tentou salvar o sogro e as cunhadas |
Danilo da Silva afirmou para a reportagem que estava dormindo, quando ouviu os gritos de sua mãe (Maria Lúcia) pedindo socorro, “aí quando levantei, meu avô estava caído de um lado e minha mãe do outro e minha tia (Maria da Glória) correndo ensanguentada, aí peguei um tijolo e joguei na cabeça dele, depois ele parou de atirar em minha tia e se dirigiu para minha frente, então saí correndo, já ele desistiu e correu em direção ao Parque Brasil”, declarou Danilo.
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Danilo não morreu por pouco |
TRÁFICO DE DROGAS
Maria Aparecida contou ainda para a reportagem que Elielson traficava drogas há mais de 5 anos. “Ele colocou o restaurante de fachada, mas o que ele vendia era cocaína. Eu não podia fazer nada porque sempre me ameaçava e ameaçava toda minha família de morte. Certo dia, ele quebrou dois dentes meu e me agrediu bastante. Meu pai se desentendeu com ele e, de lá para cá, meu pai proibiu que ele pisasse no terreno da casa de minha família, mas a gente morava em frente. Sem receios, ele continuava me agredindo e eu não tinha outra escolha a não ser ficar sendo agredida para ele não matar minha família, mas ele acabou matando”, confessou Aparecida.
Após a prisão do acusado, os policiais encontraram 21 trouxas de cocaína de 5 gramas cada que Elilson vendia pela quantia de R$ 100. Os militares não conseguiram encontrar a arma do crime porque o acusado escondeu após cometer os assassinatos.
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Trouxas de Cocaina encontradas na casa do traficante assassino |