Prefeitura de Feira de Santana

Questionamento na Câmara sobre prevenção nos órgãos públicos em Feira é levantado após morte de idoso no CEAF

 

A morte do pecuarista Nilton Jorge Freitas,  de 75 anos, que sofreu mal súbito ontem (13), quando estava nas dependências do Centro de Atendimento ao Feirense (CEAF), pode revelar a existência de falha na estrutura de planejamento e prevenção, em ambientes de atendimento público na cidade. O alerta foi feito na Câmara, nesta quarta, pelo vereador Pedro Américo (Cidadania).  “A ausência do socorro imediato a este cidadão pode ter comprometido a reversão do seu quadro clínico. É uma reflexão dura, urgente e inadiável. Mas que precisamos fazer”, disse, referindo-se à necessidade de órgãos municipais, estaduais e federais terem estrutura e pessoal adequado, para agir em situações que exigem primeiros socorros.



“Não se trata de favor governamental, mas de obediência a normas técnicas, já em vigor na Bahia. Inclusive, no âmbito do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil”, observou. Ele mencionou a Instrução nº 5, que fala da obrigatoriedade de estabelecimentos com grande público terem bombeiros civis no local, enquanto a Norma Técnica número 12 aponta a necessidade de todo local público ter um plano de emergência, desfibrilador e pessoal treinado para socorrer o indivíduo até a chegada de atendimento especializado, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Estes profissionais, argumentou, são treinados para atendimentos imediatos, seja em situações de acidentes ou outros casos emergenciais.  “Em relação ao CEAF, não foi relatado se estas obrigatoriedades estavam sendo cumpridas. Será que tem funcionários treinados, plano de emergência, desfibrilador? Se tem, não estava visível. E se não tem, infelizmente as normas não estavam sendo obedecidas”, pontuou. Pedro Américo destacou que esta temática foi, inicialmente, abordada pelo site feirense “A Veracidade”, que chamou atenção sobre o serviço de primeiros socorros em órgãos públicos.  “É preciso encarar com seriedade o assunto. Será que as empresas com alta movimentação de público, estão cumprindo estas normas? A omissão do setor público e privado, pode acabar cobrando seu preço”, criticou.

Ele sugeriu que a Prefeitura fiscalize academias, shoppings, centros empresariais, supermercados, teatros e outros, visando verificar se mantém equipamentos mínimos de socorro à população. Contratação de bombeiros para trabalhar em locais de plantão de atendimento ao público e capacitação de servidores públicos para atuar em primeiros socorros, também foram sugeridas pelo vereador, que questiona se órgãos da Prefeitura têm projeto de plano de incêndio: “é o primeiro passo”.

 

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