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quarta-feira, março 27, 2024

Policial que estava preso acusado de matar gerente de supermercado foge do batalhão de Choque

Um soldado da Polícia Militar fugiu do Batalhão de Choque da Polícia Militar, na manhã de quarta-feira (27/03). O batalhão fica localizado no município de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador. O policial estava preso na unidade militar desde outubro do ano passado e havia sido alvo de um novo mandado de prisão, sendo que, desta vez pelo homicídio qualificado de Juliana de Jesus Ribeiro, ocorrido no dia 25 de maio de 2023, no município de Saubara.



Segundo informações, teria acontecido uma revista de rotina e o colocaram o mesmo no pátio, que foi reformado há 4 meses. O soldado aproveitou um momento de distração e conseguiu escapar por um lugar bem apertado e limitada, pulou de altura enorme nas proximidades de uma igreja.

Ainda de acordo com informações, testemunhas que viram o mesmo depois que pulou o muro, contaram que ele está bastante ferido. Com um corte grande em uma das pernas. Até o momento a polícia só informou que o mesmo está sem telefone e sem documentos pessoal.

Operação Sangue Frio

 

O soldado da Polícia Militar D. K. S, foi alvo nesta quarta-feira, dia 27, da ‘Operação Sangue Frio', deflagrada pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), e pela Secretaria de Segurança Pública, por meio da Força Correicional Especial Integrada da Corregedoria Geral (Force). Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. O PM é acusado pelo homicídio qualificado de Juliana de Jesus Ribeiro, ocorrido no dia 23 de maio de 2023, no município de Saubara.

 


Segundo a denúncia oferecida pelo MP, recebida pela Justiça ontem, dia 26, o policial executou a vítima sem lhe dar qualquer chance de defesa. Imagens registradas por câmeras de segurança da via pública onde aconteceu o assassinato mostram que o soldado executou a vítima, disparando tiros de armas de fogo contra Juliana, já rendida, totalmente indefesa, de costas para seu executor. Conforme laudos policiais, Juliana foi atingida diversas vezes à queima roupa na cabeça, face, tórax, abdômen e braços. Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal de Santo Amaro. Foram realizadas buscas na cela do Batalhão de Choque, onde o policial já se encontrava preso desde a deflagração da Operação Salobro, em outubro do ano passado, que investigou a participação de PMS em milícias na região de Santo Estevão.

As evidências e provas do inquérito policial demonstram que o denunciado planejou, premeditou e executou a ação que culminou na morte de Juliana de Jesus Ribeiro", afirma o Gaeco na denúncia. Trezes dias antes da execução, o denunciado foi flagrado observando a rotina da vítima, percorrendo o mesmo percurso e realizando as mesmas ações que foram feitas na data do homicídio. A investigação apontou que, por volta das 19h30 do dia do crime, o policial e um comparsa, ainda não identificado, renderam a vítima quando ela saía do trabalho, em técnicas semelhantes as de abordagem policial, obrigando-lhe a por as mãos na cabeça e a ficar de costas para eles. Ainda conforme a denúncia, o soldado alterou as placas do veículo utilizado no crime com a finalidade de dificultar a investigação.

 

Na decisão que determinou a prisão preventiva para garantia da ordem pública, a Justiça aponta haver fortes indícios probatórios de que o PM "praticou, em ação meticulosamente premeditada, homicídio qualificado, através de recurso que dificultou a defesa da vítima". Além disso, pontua a periculosidade do PM, que foi alvo da Operação Salobro.

 

Operação

Cinco policiais militares foram presos na manhã desta terça-feira, dia 31, durante a segunda fase da ‘Operação Salobro’, deflagrada conjuntamente pelo Ministério Público Estadual, por meio dos Grupos de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp) e de Combate ao Crime Organizado (Gaeco); pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio da Força Correcional Especial Integrada (Force); pela Corregedoria da Polícia Militar (Correg) e pela Polícia Federal, através da Superintendência Regional da PF na Bahia. Além dos mandados de prisão temporária, foram cumpridos oito de busca e apreensão nos municípios baianos de Santo Estevão, Feira de Santana e Antônio Cardoso, dois deles em unidades policiais. Foram apreendidos computadores, quatro armas, 238 munições, sete aparelhos celulares e documentos.

 

Os policiais militares são investigados pelo homicídio de André Barbosa da Silva, ocorrido no dia 13 de setembro de 2022, por fraude processual e delitos contra o patrimônio. Todos os crimes ocorreram em Santo Estêvão. Segundo as investigações, André Barbosa foi assassinado pelos policiais na zona rural do município, diferentemente da ocorrência registrada pelos PMs na Delegacia relatando que a morte teria decorrido de confronto. As apurações revelaram ainda que os policiais invadiram a casa da vítima e furtaram valores e objetos da residência.

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