Um casal de empresário feirense está envolvido na
operação da Polícia Federal deflagrada na manhã desta terça-feira (20), que
apura fraude em licitações publicas no município de Mirante, interior da Bahia,
que segundo a Federal, as fraudes vinham beneficiando diretamente o prefeito de
Mirante. A Federal teve na empresa do casal aqui em Feira e cumpriu um dos Mandados
de Buscas e Apreensões da operação Belvedere. A identidade do casal não foi
revelada pela PF.
A Operação
A
Delegacia de Polícia Federal da cidade de Vitória da Conquista em conjunto com
a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal, deflagrou nesta
terça-feira (20) a Operação Belvedere que desmantelou um esquema suspeito de
irregularidades como fraudes em licitação, desvio de recursos públicos,
corrupção e lavagem de dinheiro. A organização funcionava em benefício de Hélio
Ramos Silva, prefeito da cidade de Mirante, município foco das ações da
PF.
Segundo a Polícia Federal, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, bloqueio e sequestro de bens e valores na casa de R$ 1,095 milhão, 11 mandados de condução coercitiva, além de seis mandados de suspensão do exercício da função pública e a proibição de entrar nas dependências da prefeitura, incluindo o prefeito, a primeira dama e outros servidores públicos ligados ao esquema. “É uma suspensão por tempo indeterminado”, disse o delegado Marcelo Andrade Siqueira, por telefone, a reportagem do FOLHA DO ESTADO.
Além de Mirante, a operação cumpriu mandados também em outras cidades: Livramento de Nossa Senhora, Bom Jesus da Serra, Poções, Planalto e Feira de Santana, todas na Bahia. Sobre Feira, Siqueira explicou: “Feira de Santana é sede de uma das empresas que participavam do esquema, não houve agentes públicos suspensos de suas funções”, disse a autoridade policial.
De acordo com a PF, os supostos responsáveis pela prática dos crimes deverão responder pelos crimes de fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, crime organizado, lavagem de dinheiro e crime de responsabilidade dos prefeitos.
ESQUEMA DESMONTADO
O prefeito e o presidente da comissão de licitação cuidavam da formalização da licitação com o objetivo de direcionar o certame para que uma das empresas já consignadas na organização criminosa saísse vencedora; a empresa, por meio de sócio representante, aceitava participar da simulação e repartir os recursos públicos repassados a ela; e, por fim, o prefeito administrava as transferências de recursos públicos advindas da empresa, de maneira dissimulada, por meio da conta corrente de um servidor municipal com o objetivo de não atrair a atenção das autoridades. As empresas envolvidas no esquema receberam mais de R$ 4 milhões do município de Mirante.
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