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quarta-feira, janeiro 08, 2014

Sindicato aponta que houve irregularidades na obra que matou operário



A secretária geral do Sindicato da Construção Civil, Bárbara Aparecida Azevedo Cordeiro, acompanhou as buscas pelo corpo do operário Ricardo Santos Conceição, 22 anos, que morreu após ser soterrado em um acidente na obra de drenagem na Rua Calamar, bairro Conceição, em Feira de Santana, na manhã de ontem (7). No local do acidente, ela constatou que não havia equipamentos de segurança.

“Constatamos irregularidades. Não tinha equipamentos de segurança nem na estrutura que está sendo cavada e nem para o trabalhador. Eles estavam cavando cinco metros sem nenhuma estrutura de segurança, sem nenhuma parede para segurar a terra”, relatou.
De acordo com Bárbara, em uma obra como a da Rua Calamar seria necessário que um engenheiro ou um técnico de segurança estivesse acompanhando os trabalhos. “Quando chegamos aqui não tinha nenhum desses profissionais no local. Os operários estavam trabalhando de qualquer jeito”, afirmou.

Além da falta de segurança, a secretária do sindicato apontou outras irregularidades praticadas pela empresa à frente da obra, que é de responsabilidade do Município. De acordo com ela, os operários já trabalhavam há três meses para a empresa, mas ainda não tinham recebido as carteiras de trabalho assinadas.

“Temos as informações de que os documentos foram entregues e até hoje não foram devolvidos. Nós nem sabemos se a carteira do trabalhador foi assinada”, disse, acrescentando que o sindicato vai tomar as medidas cabíveis, além de orientar a família da vítima e acompanhar os órgãos que irão fiscalizar o acidente.

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